Um capítulo da história da Saúde
Acervo do Museu da Santa Casa de Misericórdia é reunido em livro
Com cerca de 7 mil peças de seu acervo reunidas em livro, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo comemora os 125 anos do seu prédio principal. Um capítulo de destaque da história da saúde brasileira.
Confira abaixo matéria publicada no jornal "O Estado de S. Paulo" desta quarta-feira, 26/8.
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Livro reúne acervo do museu da Santa Casa
Entre as curiosidades, instrumentos médicos que caíram em desuso
Vitor Hugo Brandalise
O museu funciona desde 2001 em oito salas do Hospital Central, em Santa Cecília – cuja construção, em estilo gótico e com tijolos aparentes, foi finalizadaem1884–, com espaços para exposição de retratos dos principais doadores, objetos de arte sacra,documentos históricos, instrumentos médicos e farmacêuticos, utilizados a partir do século 19. “A Irmandade da Santa Casa em São Paulo tem mais de 400 anos, desde a primeira unidade, no Pátio do Colégio.
Temos a obrigação de preservar sua história”, afirma o atual provedor (presidente) da irmandade, Kalil Rocha Abdalla.
Em outubro, o museu entrará no roteiro turístico oficial da cidade,divulgado pela SPTuris.
Hoje, o museu recebe, em média, 30 pessoas por dia. “Esperamos aumentar a visitação e o espaço. Será um novo momento”, afirmou Abdalla.
Na ala dedicada ao acervo médico, a mais procurada do
Na ala dos objetos de farmácia, há práticas desaparecidas da medicina atual. Como o teste de gravidez realiza do como auxílio de um sapo– a urina da mulher era injetada no animal, extraída e analisada no microscópio: se fossem verificados espermatozóides do sapo, a gravidez estaria confirmada. Cerca de 700 objetos assim – entre vidros de remédios de 1820 com rótulos de letras banhadas a ouro – estão expostos na sala, em armários do Liceu de Artes e Ofícios, construídos em 1883.
Na sala vizinha, fica a Roda dos Expostos – objeto que, entre 1825 e 1950, recebeu crianças abandonadas por pais que se julgavam incapazes de criá-las. Nos anos em que funcionou, a roda recebeu 4.696 crianças, cujos nomes estão registrados em livros, armazenados num compartimento do móvel.
As paredes do museu abrigam também pinacoteca considerável – são 190 quadros, de pintores como Oscar Pereira da Silva, Almeida Junior, Benedito Calixto e Tarsila do Amaral, que retratam os principais benfeitores da Santa Casa. Documentos históricos, como “dictados” e uma certa “carta à mãe”,escrita por um órfão,também podem ser encontrados.
O livro Museu da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – que documenta boa parte desse acervo – será lançado hoje, às 11h,no Salão Nobre da Provedoria do Hospital, anexo ao museu. Serão distribuídos 1.500 exemplares a benfeitores do hospital. Uma segunda edição, para venda, é negociada.
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5/5/08 - Santa Casa de São Paulo elege o advogado Kalil Rocha Abdalla como novo Provedor - clique aqui.
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