Capacidade postulatória
STJ - Réu, sem ser advogado, não pode advogar em causa própria
No STJ, o réu recorreu de decisão do TJ/PB que entendeu não ser o habeas corpus o meio próprio para discutir "questões pertinentes a patrocínio de defesa técnico-processual, ou, muito menos, de insatisfações de natureza meramente procedimental."
Para isso, alegou ilegalidade praticada pelo Juízo da 7ª vara Criminal da comarca de Campina Grande/PB, que negou a possibilidade de ele fazer a sua própria defesa. Ressaltou que, mesmo não sendo bacharel em Direito, possui conhecimentos jurídicos suficientes para o pleno exercício de sua defesa.
No seu voto, a ministra Laurita Vaz afirmou que o CPP (clique aqui) dispõe expressamente que o réu somente terá direito de defender a si mesmo, excepcionadas as hipóteses previstas em lei, "caso tenha habilitação", o que não é o caso de Albuquerque.
A relatora destacou, ainda, que não ocorre ofensa à Convenção Americana de Direitos Humanos, que garante ao réu a possibilidade de exercer pessoalmente sua defesa, na medida em que tal prerrogativa lhe é assegurada pelo ordenamento jurídico pátrio em todos os atos do processo, mas que somente pode ser exercida de forma complementar à defesa técnica, e não como regra, de forma exclusiva.
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Processo Relacionado : HC 100810 - clique aqui.
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