Operação Prima Donna
Advogadas são presas acusadas de ligação com o PCC
Operações simultâneas deflagradas na madrugada e manhã desta de ontem, 25/7, pelos núcleos regionais do Grupo de Atuação Especial de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado - Gaeco de São José dos Campos, de Presidente Prudente e da Capital prenderam seis pessoas ligadas à organização criminosa que age de dentro dos presídios.
Com autorização da Justiça, o MP interceptou ligações telefônicas feitas de dentro do presídio de Presidente Venceslau por Orlando Motta Junior, conhecido por Macarrão ou Kalakalu, que pertence ao alto escalão do PCC. As escutas revelaram que ele era o responsável pelo braço jurídico da facção criminosa, conhecida dentro do PCC como "sintonia dos gravatas", arrecadando mensalmente cerca de R$ 250 mil para pagar advogados contratados exclusivamente para cuidar da defesa dos membros da facção nos processos judiciais.
Com base nas investigações, a Justiça decretou a prisão das advogadas Alessandra Moller e Patrícia Gallindo de Godoy. Alessandra, segundo apuraram os promotores, coordenava a equipe de advogados do PCC na Capital e Patrícia, no interior do Estado. Escutas telefônicas capturaram conversas de dentro do presídio entre Macarrão e as duas advogadas, acusadas de orientar a ocultação de crimes, lavagem de dinheiro e articulação de comunicação entre lideranças do PCC, além de negociar eventuais pagamentos de propinas a policiais e autoridades e introduzir aparelhos celulares em presídios.
Alessandra foi presa <_st13a_personname w:st="on" productid="em Presidente Prudente">em Presidente Prudente, onde visitava um preso. A operação cumpriu mandado de busca no escritório e na casa da advogada, <_st13a_personname w:st="on" productid="em São Paulo">em SP, onde foram apreendidos documentos, R$ 2.850 em dinheiro, computadores, um notebook, agenda, 4 aparelhos de celular, planilhas eletrônicas de contabilidade e relatórios mensais de advogados contratados pelo PCC.
A advogada Patrícia Gallindo de Godoy foi presa no escritório dela, <_st13a_personname w:st="on" productid="em Presidente Prudente. Com">em Presidente Prudente. Com ela foram apreendidos R$ 35 mil em dinheiro, sete aparelhos celulares, documentos e planilhas de contabilidade.
A Operação Prima Donna foi realizada simultaneamente no Vale do Paraíba, onde foi preso Jamilson de Andrade Fernandes. Ele morava há duas semanas <_st13a_personname w:st="on" productid="em São José">em São José dos Campos, onde preparava a abertura de um ponto de venda de drogas no Parque Interlagos. Jamilson é apontado como o gerente dos pontos de droga comandados por Macarrão de dentro do presídio <_st13a_personname w:st="on" productid="em São José">em São José dos Campos e na Cidade Dutra, na Capital. Com ele foram apreendidos R$ 7 mil em dinheiro e nove aparelhos de celular.
Além de Jamilson, a operação prendeu a sogra dele, Maria Inês da Silva, que cuidava da contabilidade do tráfico e ajudava na logística da distribuição das drogas. Também <_st13a_personname w:st="on" productid="em São José">em São José dos Campos foi presa a esposa de Macarrão, Maria Jucinéia da Silva. Irmã de Maria Inês, ela é acusada de lavagem de dinheiro da quadrilha. Ela tinha R$ 12.400 em dinheiro, seis aparelhos celulares e um computador. Tudo foi apreendido.
Na Cidade Dutra, <_st13a_personname w:st="on" productid="em São Paulo">em São Paulo, foi presa Sirlene Costa Aguilar, moradora da favela e responsável pela venda de drogas na região a mando de Orlando Motta Junior.
A Operação Prima Donna teve a participação de 150 pessoas, sendo oito promotores, agentes de promotoria, policiais do Caex e mais de 80 policiais militares, inclusive do Serviço Reservado da PM.
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