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Rapaz que tentou roubar cordão de presidente do STF fica preso mesmo sendo primário

FORTALEZA - Preso há 20 dias por tentar roubar um cordão de ouro do presidente do STF, Gilmar Mendes, Jéfferson Hermínio Coelho, de 18 anos, não conseguiu habeas corpus para sair da prisão, apesar de ser réu primário. Para a família, o rigor é diferente do que teve o ministro ao conceder o mesmo benefício duas vezes, num intervalo de 24 horas, ao banqueiro Daniel Dantas, acusado de vários crimes, inclusive tentativa de suborno de uma autoridade policial.

18/7/2008


Prisão

Rapaz que tentou roubar cordão de presidente do STF fica preso mesmo sendo primário

Preso há 20 dias por tentar roubar um cordão de ouro do presidente do STF, Gilmar Mendes, Jéfferson Hermínio Coelho, de 18 anos, não conseguiu HC para sair da prisão, apesar de ser réu primário. Para a família, o rigor é diferente do que teve o ministro ao conceder o mesmo benefício duas vezes, num intervalo de 24 horas, ao banqueiro Daniel Dantas, acusado de vários crimes, inclusive tentativa de suborno de uma autoridade policial.

Jéfferson surpreendeu o ministro quando este caminhava no calçadão da Avenida Beira Mar, área nobre da cidade, no dia 29 de junho. Foi detido por dois seguranças e dois policiais militares que faziam a escolta de Gilmar, preso e indiciado por tentativa de assalto. Jéfferson está numa cela com outros quatro presos na Casa de Custódia em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. Ele mora com a madrasta, o pai e duas irmãs, universitárias. A família está revoltada porque acha que o banqueiro recebeu tratamento privilegiado enquanto Jéfferson ainda não pôde sequer receber a visita do pai, que entrou em depressão. A visita paterna só é permitida no último sábado do mês.

A família está revoltada. Não sei se foi uma aventura ou brincadeira de mau gosto. Mas ele é réu primário e, por lei, tem direito a responder em liberdade - disse a madrasta, Antônia Raimunda.

Segundo o advogado Oliveira Brito, a defesa vai pedir reconsideração e espera que Jéfferson seja solto antes do interrogatório, no próximo dia 24. O caso tramita na 11 Vara Criminal. No dia 3, o promotor titular deu parecer favorável à soltura do rapaz alegando que não houve assalto, mas apenas tentativa. Mas a denúncia acabou sendo feita por outro promotor, Francisco Oviete, que classificou o crime como assalto qualificado, ainda mais grave. Diante de duas versões, o juiz Eduardo Castro Neto negou o habeas corpus até ouvir o acusado no interrogatório.

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Fonte : O Globo

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