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Juan Carlos Ramírez Abadía apresenta proposta à Justiça brasileira

16/1/2008


Proposta

Juan Carlos Ramírez Abadía apresenta proposta estranha à Justiça brasileira

Os periódicos brasileiros contam que o colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía apresentará hoje uma proposta à Justiça para entregar os US$ 35 milhões, que estariam escondidos no Brasil, em troca de um rol de benefícios. No STF, o ministro Eros Grau é o relator do pedido de prisão para extradição do colombiano (Ext 1103 - clique aqui).  

 

Sobre o assunto, leia abaixo matérias:

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Folha de S.Paulo

Abadía oferece R$ <_st13a_metricconverter w:st="on" productid="61 mi">61 mi para obter benefício

Megatraficante se dispôs a entregar dinheiro em troca de vantagens como anulação de sua pena e transferência de sua mulher de presídio

É a 1ª vez que um acusado faz proposta de reparação financeira -negociação está prevista em lei, mas é o juiz quem estabelece uma multa

O megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía apresentou uma proposta heterodoxa à Justiça: ele se dispôs a entregar US$ 35 milhões, que estariam escondidos no Brasil, em troca de um rol de benefícios que vão da anulação de sua pena à transferência de sua mulher, que está presa em Campo Grande (MS), para um outro presídio. O valor corresponde a R$ 60,7 milhões.

Se você acha que o colombiano está tentando comprar a sua absolvição com dinheiro do narcotráfico, saiba que sua interpretação pode estar correta moralmente, mas especialistas em crimes financeiros defendem que esse tipo de delito seja punido com penas financeiras.

Abadía é acusado de lavagem de dinheiro e nesse tipo de crime não é raro a Justiça aceitar acordos com réus -a delação premiada. A negociação está prevista na lei de lavagem de dinheiro, de 1998. O artigo 5º diz que o juiz pode reduzir ou deixar de aplicar a pena se o acusado "colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime".

A lei também estabelece multas. O doleiro Helio Laniado, por exemplo, fez acordo pelo qual aceitou entregar os empresários para os quais fazia remessas ilegais e concordou em pagar cerca de R$ 3 milhões.

É a primeira vez, porém, que um acusado apresenta uma proposta de reparação financeira -a regra é o juiz estabelecer a multa. Outra questão é que Abadía não é um mero criminoso financeiro. Apontado pelo DEA (a agência antidrogas dos EUA) como um dos maiores traficantes do mundo, dono de uma fortuna estimada pelos americanos em mais de US$ 1 bilhão, ele é acusado de ter ordenado a morte de 300 pessoas na Colômbia e 15 nos EUA.

No Brasil, porém, não há provas de que Abadía tenha traficado nem ordenado mortes. É essa questão que o juiz federal Fausto Martin de Sanctis terá de decidir: alguém acusado de homicídios em escala industrial em outro país pode usufruir dos benefícios de um criminoso financeiro no Brasil ?

O traficante quer ser extraditado para os EUA porque acha que pode até ser libertado com as informações e o dinheiro que tem para entregar.

Abadía apresentou formalmente a proposta ao superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Jaber Saad. A negociação é mantida em sigilo pela PF, pelo Ministério Público Federal e pela Justiça.

Desde que Abadía foi preso, em agosto, os policiais dizem ter certeza de que ele tinha mais dinheiro no Brasil do que havia declarado ter trazido da Colômbia -US$ 9 milhões. A comemoração por ter prendido um dos maiores traficantes do mundo foi seguida por um constrangimento: a PF não conseguiu localizar um centavo além dos cerca de R$ 4 milhões que Abadía apontou que estavam escondidos em Campinas.

A PF usou até um equipamento de raio X para radiografar as paredes da casa em que ele vivia. A busca nas paredes não é capricho. Abadía enterrou US$ 80 milhões em buracos na Colômbia.

O Estado de S. Paulo

Abadía vai oferecer R$ 35 milhões à Justiça por sua extradição

Traficante tem audiência com juiz nesta quarta e quer negociar o cumprimento de sua pena nos Estados Unidos

SÃO PAULO - O megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, de 44 anos, deve oferecer R$ 35 milhões à Justiça brasileira para ser extraditado aos Estados Unidos. Abadía é chefe do cartel do Valle del Norte, na Colômbia, e está em São Paulo para se encontrar com o juiz Fausto Martin de Sanctis. A audiência está marcada para esta quarta-feira, 16, na 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo e o traficante chegou por volta das 9h30 ao local.

O traficante colombiano está detido no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande (MS) e foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, na Lapa, na zona oeste da cidade, na noite de terça-feira, 15. Abadía passou a noite na sede da PF e chegou à Vara Criminal, que fica na Rua Ministro Rocha Azevedo, nos Jardins, no meio da manhã.

Acusado de mais de 300 assassinatos na América Latina e de outros 15 nos Estados Unidos, vários deles de policiais. A intenção da defesa do traficante é de negociar a extradição de Abadía para os Estados Unidos, onde ele responde por crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e assassinatos.

O traficante promete entregar R$ 35 milhões de sua fortuna caso a justiça federal agilize o processo de extradição. Outra exigência do criminoso para entregar o dinheiro é não ter de cumprir pena no Brasil. A polícia acredita que os R$ 35 milhões prometidos por Abadía façam parte dos R$ 100 milhões que estavam escondidos dentro de um carro, que está desaparecido, na garagem de um prédio em São Paulo.

A decisão de extraditá-lo cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. Abadía acredita que quanto mais rápido pisar em solo norte-americano, mais fácil será negociar uma redução de pena através da entrega de mais dinheiro.

Prisão

No dia 7 de agosto de 2007, em operação sob o comando da Polícia Federal, intitulada "Operação Farrapos", Ramírez foi preso num condomínio fechado em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo.

Parte dos bens do traficante já foi leiloada recentemente. De acordo com o Ministério da Justiça, o prazo para a permanência do traficante colombiano no presídio federal é de um ano, prorrogável pelo mesmo período. Juan Carlos Ramirez Abadia tem uma fortuna avaliada em US$ 1,8 bilhão segundo o Departamento de Estado Norte-Americano.

Terra

Abadia propõe acordo de US$ <_st13a_metricconverter w:st="on" productid="35 mi">35 mi à Justiça

O megatraficante Juan Carlos Abadia deverá propor à Justiça brasileira um acordo para facilitar sua extradição aos EUA. O bandido oferece parte de sua fortuna, US$ 35 milhões, em troca de benefícios no processo a que responde no País por lavagem de dinheiro. Ele foi transferido na noite de ontem do presídio de segurança máxima de Campo Grande para a carceragem da Polícia Federal em SP. As informações são da Jornal da Globo.

A proposta deverá ser apresentada amanhã, em encontro que o colombiano terá com o juiz federal Fausto de Sanctis. No entendimento de seus advogados, quanto antes o traficante chegar aos EUA - onde responde a processos por tráfico internacional, corrupção e assassinatos - mais fácil será negociar um acordo de redução de pena. Para isso, podem ser oferecidos à Justiça dos EUA ainda mais dinheiro e bens.

A decisão sobre a extradição de Abadia é do Supremo Tribunal Federal (STF).

O maior traficante já preso no Brasil foi capturado em agosto de 2007. Com ele foram apreendidos R$ 6 milhões, um iate, fazendas em mansões. Uma parte desse patrimônio foi leiloado pela Justiça brasileira no início deste ano.

G1

Em SP, Abadia irá propor acordo para conseguir extradição

Traficante chegou na noite desta terça-feira (15) na carceragem da Polícia Federal.

Colombiano terá audiência na manhã desta quarta-feira (16) com juiz federal.

O traficante colombiano Juan Carlos Abadia Ramirez chegou na noite desta terça-feira (15) a São Paulo. Do presídio de segurança máxima em Campo Grande, ele foi trazido para a carceragem da Policia Federal na capital paulista.

Segundo reportagem exclusiva do Jornal da Globo, o chefe de cartel de drogas na Colômbia tem um encontro marcado nesta quarta-feira (16) pela manhã com o juiz federal Fausto de Sanctis. Abadia vai propor um acordo incomum. O traficante está disposto a entregar uma fortuna de US$ 35 milhões em troca de benefícios no processo movido contra ele por lavagem de dinheiro. O colombiano quer que a Justiça Federal facilite a extradição dele para os Estados Unidos, sem exigir que ele cumpra pena no Brasil.

A decisão sobre a extradição de Abadia cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Mas a defesa do traficante entende que a sentença do juiz em São Paulo pode retardar a ida dele para os Estados Unidos. Nos EUA, o colombiano responde por crimes ainda mais graves, como tráfico internacional, corrupção e assassinatos, inclusive de policiais. Abadia acredita que quanto antes pisar em solo americano mais rápido vai conseguir negociar uma eventual redução da pena, entregando bens e ainda mais dinheiro.

Apreensões

A partir da prisão do traficante em agosto de 2007, foram apreendidos no Brasil o equivalente a R$ 6 milhões em dinheiro, além de um iate, fazendas e mansões. Parte do patrimônio milionário foi a leilão recentemente.

Mas a Policia Federal até agora procura mais de US$ 100 milhões que Abadia guardava dentro de um carro na garagem de um prédio em São Paulo. Esse veículo desapareceu. Não se sabe se é parte desse dinheiro que o traficante agora quer entregar para a Justiça, nem se o juiz Fausto de Sanctis vai aceitar a proposta de Abadia.

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