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Uma semana após o furto de obras, Masp implanta sensores e alarmes

27/12/2007


Masp

Uma semana após o furto de obras, museu implanta sensores e alarmes

Para proteger acervo, museu aumenta a vigilância externa do prédio, com ajuda da Polícia Militar, e contrata empresa terceirizada

O Masp - Museu de Arte de São Paulo começou a reforçar a segurança para proteger o seu acervo, que sofreu o furto de duas obras de Pablo Picasso e Candido Portinari há exatamente uma semana.

Entre as medidas estão a implantação de sensores e alarmes -que já foi iniciada-, o maior rigor na entrada de visitantes, o aumento da vigilância externa do prédio, com a ajuda da Polícia Militar, e a contratação de uma empresa de segurança terceirizada.

As medidas foram relatadas pela direção do Masp ao diretor do Departamento de Museus e Centros Culturais do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), José do Nascimento Júnior.

Segundo ele, que esteve no Masp ontem, o museu está seguindo uma lista de orientações de segurança encaminhada pela Polícia Militar.

Nascimento Júnior diz que ouviu de conselheiros e do presidente do Masp, Júlio Neves, as medidas de segurança que estão sendo tomadas para possibilitar a reabertura do acervo aos visitantes, marcada para o dia 8 de janeiro.

Depois da conversa com o diretor do Iphan, conselheiros e integrantes da diretoria executiva do Masp se reuniram e aprovaram uma série de propostas para reforçar a vigilância. As medidas serão divulgadas hoje.

Segundo o cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene, presidente do conselho, as propostas, já aprovadas, ainda vão receber uma redação final.

"Nós temos várias exposições que vêm de fora e essa questão precisa ser tratada com muito cuidado", afirmou Jatene. "O conselho está em reunião permanente. E o apoio às medidas da diretoria foi unânime", disse o ex-ministro, que não quis detalhar as propostas.

Segundo um conselheiro, o texto aprovado ontem tinha oito itens. De acordo com a assessoria do Masp, a redação final será repassada aos conselheiros e as propostas ainda podem ser modificadas hoje.

"O que aconteceu no Masp afeta todos os museus. Afeta a imagem do país", disse Nascimento Júnior. "Que essa ação [dos bandidos] sirva de alerta para todos os museus."

Segundo o diretor do Iphan, o Masp está avaliando seus procedimentos internos de segurança, entre eles, a revista dos pertences de visitantes, que deve se tornar mais rígida, e a troca de turnos de vigias em horários alternados. Na última quinta-feira, os ladrões aproveitaram a troca de turno para levar os quadros.

Ontem, também segundo Nascimento Júnior, o museu implantava sensores de presença em salas de exposição.

O furto das duas obras de arte durou apenas três minutos. Os ladrões usaram um maçarico e um pé-de-cabra para entrar no prédio. Nenhum dos funcionários diz ter percebido a movimentação dos ladrões.

A vigilância do acervo, no entanto, era feita por funcionários do Masp contratados como orientadores de público, sem formação em segurança nem registro na Polícia Federal.

Ontem, mais seis funcionários foram ouvidos pela Polícia Civil, que ainda não tem pistas sobre a identidade dos ladrões.

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Fonte: Folha de S.Paulo

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