Luiz Gonzaga Pinto da Gama
USP, OAB/SP e Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania homenageiam o advogado
Neste ano comemoram-se os 125 anos da morte de Gama e, dentre as homenagens, será inaugurado um quadro a óleo dele, que ficará exposto na Sala Visconde de São Leopoldo na Faculdade de Direito. Atuando como rábula, depois de ter sido rejeitado como aluno regular na São Francisco devido à sua origem, Luiz Gama conseguiu libertar sozinho, em juízo, mais de 500 escravos, com base na Lei Eusébio de Queiroz, que tipificou como crime o tráfico de africanos para o Brasil.
"O Conselho Federal da OAB já havia feito uma homenagem a Luiz Gama e, agora, a Seccional Paulista também participa deste resgate de um dos mais importantes advogados negros da história do Brasil, fazendo justiça à sua grande obra, que encarna a missão pública do advogado", diz o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso.
Dentro do evento, haverá inicialmente três palestras, do professor e ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, sobre "O papel do Estado e da Sociedade Civil na Promoção da Justiça Social"; de Sueli Carneiro, diretora da Geledés, sobre "As dificuldades do ingresso e ascensão do negro no serviço público"; e de Hélio Santos, presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade, sobre "O sistema de Justiça e a promoção da igualdade racial".
Na seqüência, ocorrerá a homenagem da qual participam o secretário estadual de Justiça, Luiz Antônio Guimarães Marrey; a diretora da Escola Superior de Advocacia e secretária de Justiça do Estado, Eunice Aparecida de Jesus Prudente; o presidente da Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios da OAB/SP, Marco Antonio Zito Alvarenga; o desembargador José Renato Nalini, presidente da Academia Paulista de Letras; e o professor João Grandino Rodas, diretor da Faculdade de Direito da USP.
Este evento também está inserido na agenda de debates do Sistema de Justiça e o Combate ao Racismo Institucional, da Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo, para 2008, quando se comemoram os 120 anos da Lei Áurea. A secretária pretende priorizar o debate em torno do conceito do racismo institucional, que consiste na "incapacidade coletiva de uma organização em prover um serviço apropriado ou profissional Às pessoas devido à sua cor, cultura ou origem racial-étnica".
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