O influencer e ex-BBB Nego Di decidiu destituir Tatiana Borsa, uma de suas advogadas por ela ter publicado uma foto dele em sua conta no Instagram.
A publicação ocorreu após a concessão de liberdade provisória por liminar do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ.
Nego Di havia sido preso sob suspeita de envolvimento em fraude em uma rifa virtual. O MP/RS interpretou a publicação como possível descumprimento de uma medida cautelar que proibia Nego Di de utilizar redes sociais até o julgamento do mérito de seu HC.
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Outras medidas cautelares impostas foram o comparecimento periódico em juízo, proibição de mudança de endereço sem autorização judicial e a retenção do passaporte.
Agora, a defesa do ex-BBB será patrocinada apenas pela advogada Camila Kersch.
O post
Na imagem publicada por Tatiana, Nego Di aparece ao lado das advogadas, sorrindo. A foto contém a legenda "Como esperamos para postar este retrato".
Tataian afirmou ao jornal O Globo que não via problema na publicação, já que foi feita em seu próprio perfil, não na conta de Nego Di.
Mesmo assim, a foto foi excluida algum tempo depois.
Publicação de terceiro
Para o advogado especialista em Direito Digital Luiz Augusto D'Urso, da banca D'Urso e Borges Advogados Associados, Nego Di não descumpriu a proibição de utilizar redes sociais, uma das condições impostas para sua liberdade provisória. "A postagem ocorreu nas redes sociais das advogadas dele, não sendo realizada diretamente por ele", explicou.
D'Urso destacou que, em situações semelhantes, cabe ao juiz avaliar se o investigado está utilizando redes de terceiros para se manifestar ou burlar a determinação judicial. "Isso não parece ser o caso aqui. Ele apenas aparece em um vídeo publicado pelas advogadas, sem evidências de que utilizou o espaço para se manifestar ou driblar a ordem judicial", concluiu.
A denúncia
Nego Di foi preso em 17/7 após investigação do MP por suposta fraude em rifa virtual promovida pelo ex-BBB cujo prêmio seria um Porsche avaliado em meio milhão.
Ele foi denunciado por estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.