Migalhas Quentes

STJ mantém condenação por estupro por toque em doméstica de 16 anos

Corte considerou as provas substanciais, inclusive depoimentos familiares, e entendeu que a ausência em juízo era justificada pelas circunstâncias do ocorrido.

5/11/2024

A 6ª turma do STJ confirmou a condenação de um homem pelo crime de estupro de vulnerável, acusado de abordar uma funcionária doméstica e realizar carícias íntimas. O colegiado, por unanimidade, considerou justificável a ausência de depoimento da vítima em juízo devido ao trauma sofrido e concluiu que as provas reunidas eram densas e suficientes para fundamentar a condenação.

O caso envolveu uma funcionária doméstica que, segundo o processo, foi abordada por seu patrão, que a agarrou e tocou em suas partes íntimas. Conforme os autos, o homem só interrompeu o ato ao ser distraído por uma ligação telefônica e, em seguida, ofereceu um celular à vítima em troca de seu silêncio sobre o ocorrido. Abalada, ela relatou o episódio aos pais e não compareceu em juízo, tendo mudado de cidade após os eventos.

Na origem, o agravante foi condenado pelo crime previsto no art. 213, § 1º, do Código Penal, a oito anos de reclusão, em regime inicial semiaberto.

Em recurso, a defesa do homem argumentou que a condenação havia se baseado em provas obtidas na fase investigativa, sem que houvesse confirmação em juízo, e questionou a validade dessas provas.

Corte entendeu que a vítima foi submetida a um laudo psicológico detalhado, o que reforçou a credibilidade de seu relato.(Imagem: Rmcarvalhobsb/AdobeStock)

No entanto, o relator, ministro Antonio Saldanha Palheiro, entendeu que o Tribunal de origem fundamentou adequadamente a condenação, considerando as declarações iniciais da vítima à polícia e outras evidências robustas, incluindo o testemunho do padrasto e o depoimento da mãe, que foi ouvida como informante.

Além disso, o relator ressaltou que a vítima foi submetida a um laudo psicológico detalhado, o que reforçou a credibilidade de seu relato. 

Assim, a ausência de depoimento em juízo, motivada pelo trauma, foi considerada justificável, e a Corte concluiu que as provas disponíveis eram densas e suficientes para a condenação.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

Por confissão, STJ reduz pena de condenado por estupro de vulnerável

8/7/2024
Migalhas Quentes

STJ absolve homem preso há 12 anos por estupros que não cometeu

14/5/2024
Migalhas Quentes

STJ: Consentimento não influencia condenação por estupro de vulnerável

6/5/2024
Migalhas Quentes

STJ restabelece condenação de tio por estupro de sobrinha

21/11/2023

Notícias Mais Lidas

STF valida emenda que autoriza contratação celetista de servidores

6/11/2024

Aprovado em concurso do TRT-2 descobre que homônimo “roubou” sua vaga

4/11/2024

CNJ abre PAD contra magistrados que disseram que assédio virou "moda"

5/11/2024

STJ: Fraude contra credores permite penhora de imóvel familiar

5/11/2024

Inseminação caseira: Veja impacto jurídico da prática não regulada no país

4/11/2024

Artigos Mais Lidos

Tema 1348 do STF: Imunidade do ITBI nas holdings e seus impactos

4/11/2024

É constitucional a proposta de “só preto pode falar”?

5/11/2024

Direito ao distrato em casos de atraso na obra: O que diz a lei

4/11/2024

Vini, non vidi, perdere

5/11/2024

Seria o vínculo trabalhista a única forma de proteção social?

4/11/2024