Após a ordem de prisão contra o cantor Gusttavo Lima, na tarde desta segunda-feira, 23, os advogados do investigado emitiram nota à imprensa afirmando que quatro causídicos têm atuado de forma irregular na defesa do cantor. As informações são da coluna Radar, do portal da Veja.
Os defensores Delmiro Dantas Campos Neto, Matteus Macedo e Cláudio Bessas afirmaram que outros causídicos sem autorização para defender o cantor acionaram a Justiça de Pernambuco para pedir a liberdade do artista.
De acordo com a Veja, o movimento teria atrapalhado a própria estratégia da defesa legitimamente nomeada para o caso.
“A defesa de Gusttavo Lima informa que os advogados Nelson Wilians Fratoni Rodrigues, Santiago André Schunck, Guilherme Luiz Altavista Romão e Rafaela Pereira não defendem o cantor”, diz a nota.
Ainda segundo a manifestação, “nenhum desses profissionais foram constituídos, substabelecidos ou integram a Defesa de Gusttavo Lima".
“Lamentamos esse episódio, assim como reitera-se a inocência de Gusttavo Lima, que será provada à Justiça.”
Mediante o imbróglio, a Veja informou que a equipe do cantor acionou o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do TJ/PE, para rejeitar o pedido apresentado pelos advogados que não integram a equipe e denunciam o “comportamento de duvidosa compatibilidade ética” dos colegas de profissão.
Após a manifestação dos defensores, o advogado Nelson Wilians, citado na nota, afirmou a Veja que recebeu chamada de vídeo do cantor Gustavo Lima nesta segunda, 23, em conjunto com a equipe que trabalha no caso.
Segundo Wilians, o cantor o ratificou oralmente os poderes conferidos para a busca de sua liberdade, em especial para o pedido de extensão da decisão do TJ/PE que revogou a prisão de os demais investigados.
Entenda o processo
O cantor Gusttavo Lima teve sua prisão decretada nesta segunda-feira, 23, atendendo a um pedido da Polícia Civil no âmbito da operação Integration, a mesma que também prendeu a influenciadora Deolane Bezerra.
A decisão foi tomada pela juíza de Direito Andrea Calado da Cruz, da 12ª vara Criminal do Recife/PE.
A decisão foi tomada após o Ministério Público ter devolvido o inquérito à Polícia Civil, solicitando a realização de novas investigações e sugerindo a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares alternativas.
Na decisão, contudo, a juíza afirma que não há, no momento, "nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de garantir a ordem pública".