Migalhas Quentes

Homem é condenado por morte de cunhada que revelaria traição à irmã

TJ/SP manteve a decisão do júri popular, destacando a gravidade do crime dentro do contexto de violência doméstica.

31/7/2024

1ª câmara de Direito Criminal do TJ/SP manteve a decisão do júri popular que condenou um homem por homicídio qualificado. O réu, que havia encomendado a morte da própria cunhada, teve sua pena reduzida de 16 para 12 anos de reclusão, em regime fechado. A decisão, proferida em julgamento presidido pelo juiz Antonio Carlos Pontes de Souza na 1ª vara do Júri da Capital, manteve os demais termos da sentença original.

Conforme relatado nos autos, o apelante, após tomar conhecimento da intenção da vítima em revelar o relacionamento extraconjugal que mantinham à sua esposa (irmã da vítima), ordenou a um homem, a quem devia dinheiro, que executasse o crime.

O desembargador Figueiredo Gonçalves, relator do recurso, destacou a ausência de elementos que justificassem a alteração do veredito do Tribunal do Júri ou a exclusão das qualificadoras — motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e crime cometido contra mulher no âmbito da violência doméstica e familiar.

A sentença considerou as demais qualificadoras como agravantes, promovendo novo aumento de pena, em mais um sexto para cada circunstância. Esta Câmara não adota, como regra, a possibilidade de que múltiplas qualificadoras ensejem acréscimo maior, sem a consideração das circunstâncias concretas em que se realizam, porquanto o aumento da pena já exacerbado no dobro o limite mínimo previsto para o tipo penal simples era suficiente para acolher as qualificadoras. Assim, não sendo apresentada motivação especial para o acréscimo, este não pode ocorrer pelo fato de ter, simplesmente, ocorrido multiplicidade de qualificadoras”, explicou o relator.

Colegiado fixou a pena em 12 anos de reclusão.(Imagem: Freepik)

Confira aqui o acórdão.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

STJ: Sindicato deve indenizar magistrado por apontar nepotismo ao CNJ

25/4/2023
Migalhas Quentes

Nora é condenada por maltratar sogra e se apropriar de pensão

3/10/2017
Migalhas Quentes

Ameaça contra cunhada se enquadra na lei Maria da Penha

10/2/2017

Notícias Mais Lidas

STF analisa se testemunhas de Jeová podem recusar transfusão no SUS

8/8/2024

Veja onde se localizam os melhores cursos de Direito, segundo a OAB

9/8/2024

"Estupro culposo": Patricia Pillar não indenizará juiz do caso Mari Ferrer

7/8/2024

TST: Ministra permite penhora de aposentadoria para satisfazer dívida

7/8/2024

OAB/ES pagará R$ 50 mil a advogada barrada em sala de Tribunal por dever parcela de anuidade

8/8/2024

Artigos Mais Lidos

Quando a holding familiar vale a pena?

7/8/2024

Operação Loki - Sefaz/SP

7/8/2024

O impacto da reforma tributária para o planejamento sucessório

8/8/2024

O caso Diário de Pernambuco: autoria do atentado de Guararapes ainda era incerta

7/8/2024

Gerindo um escritório de advocacia

7/8/2024