Nesta terça-feira, 16, uma mulher, identificada como Érika de Souza Vieira, foi detida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro depois de levar um parente que estava morto para fazer um saque de R$ 17 mil relacionado a um empréstimo bancário. Ela foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver.
O episódio ganhou repercussão nas redes sociais através de vídeos que mostram Érika transportando o homem, supostamente seu tio, em uma cadeira de rodas dentro da agência bancária. Ela tenta fazer o homem assinar os documentos, simulando uma conversa com ele e insistindo para que ele segurasse a caneta, o que ele não consegue fazer.
Funcionários do banco, ao suspeitarem da situação, começaram a filmar o ocorrido. Nas imagens, questionam a mulher sobre o estado de saúde do homem, destacando que ele parecia não estar bem. Um médico do SAMU foi chamado ao local e constatou que o homem já estava morto há horas.
O delegado Fábio Luiz da Silva Souza confirmou que o homem já estava morto ao chegar à agência bancária. A defesa de Érika alegou que ele estava vivo ao chegar no local e que mais detalhes seriam esclarecidos após a oitiva de testemunhas. A declaração foi dada por advogados de Érika à imprensa.
Ao Migalhas, Alexandre Morais da Rosa, juiz de Direito substituto no 2º grau do TJ/SC e professor, explicou os possíveis crimes pelos quais Érika pode ser responsabilizada. Assista ao vídeo:
De acordo com Alexandre, a mulher pode ter tentado se aproveitar de uma pessoa já falecida, o que configuraria uma tentativa de estelionato tanto contra a entidade bancária quanto contra os herdeiros, caso ela conseguisse obter esses valores para uso próprio posteriormente.