Teve início nesta quinta-feira, 14, em Curitiba/PR, a "IV Conferência Nacional da Mulher Advogada", organizada pelo Conselho Federal da OAB. O evento, que coloca em destaque a evolução e o protagonismo feminino, visa discutir as principais questões e desafios enfrentados pelas mulheres no âmbito da advocacia moderna. A "Conferência Magna de Abertura" foi feita pela ministra Daniela Teixeira, do STJ. O evento termina amanhã.
- Veja a programação.
Agora é que são elas
A ministra Daniela Teixeira proferiu uma palestra centrada no tema "sonhos", na qual enfatizou que os direitos das mulheres são conquistados por meio de lutas árduas.
“Os direitos não nascem em gabinetes e em salas fechadas de Justiça. Cada direito nasce cheio de sangue e traz a dor de muitas mulheres que vieram antes. Cada garantia foi fruto da luta de muitas mulheres, nós precisamos agradecê-las.”
A ministra salientou as vitórias já alcançadas no âmbito dos direitos femininos e as que ainda estão por vir, marcando o século 21 como um período revolucionário, uma continuação das batalhas iniciadas no século 20.
“Não queremos trabalhar, queremos ser chefes. Não queremos o divórcio, queremos a alegria do amor sem violência. Não queremos usar minissaia, queremos ser a pessoa que decide o que vai ser moda. Queremos o inimaginável, queremos a liberdade que ainda não foi sequer pensada.”
Citando Clarice Lispector, Daniela afirmou que a cada geração estamos avançando e pediu otimismo. “A metade mulher do mundo está se juntando cada dia mais.”
Citou ainda o fenômeno Taylor Swift, que, em sua avaliação, quebrou paradigmas.
“Ela superou homens em todos os quesitos. É a cara da nova geração que está vindo. Ela não tem nenhum homem que fale por ela.”
A cantora Anitta também foi mencionada como exemplo de autovalorização e agente de mudança contínua.
Daniela concluiu sua fala com uma reflexão sobre a violência contra as mulheres, criticando soluções punitivas isoladas e defendendo a educação como meio de prevenção.
E relembrou sua posse no STJ como um avanço para a representatividade feminina na Justiça: “o importante foi eu ter aberto a perspectiva para que novas mulheres virem ministras”.
O encerramento do discurso foi celebrado ao som de "Show das Poderosas", de Anitta, recebendo aplausos entusiasmados dos presentes.
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