A redação do Migalhas recebeu, nesta sexta-feira, 6, a visita da presidente da OAB/SP, Patricia Vanzolini. No encontro, também estiveram presentes o vice-presidente da OAB/SP, Leonardo Sica, e o presidente da subseção de Ribeirão Preto, Alexandre Nuti.
Para honra deste poderoso rotativo, a advogada concedeu entrevista em que abordou temas como a representatividade feminina, o movimento por uma ministra negra no STF e a fixação dos honorários advocatícios.
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O primeiro tema abordado pela advogada foi a representatividade feminina no Judiciário. Vanzolini se considera otimista e diz que houve avanço, até mesmo na percepção de que há um problema, mas que ainda é preciso avançar muito mais.
Patricia Vanzolini também falou a respeito do movimento por uma ministra negra no STF. Para a advogada, a falta de equidade, de paridade de gênero e de raça, deveria ser vista como um problema, como algo a ser corrigido. “Deveria nos incomodar ver um Tribunal ou um ambiente de trabalho majoritariamente masculino.”
A presidente da OAB/SP ainda citou um canal, criado pela Ordem paulista, de denúncias de assédio sexual ou moral sofrido pelas advogadas em ambiente de trabalho.
Outro ponto abordado no encontro foi a questão da fixação de honorários advocatícios na Justiça paulista. De acordo com Vanzolini, o TJ/SP vem desrespeitando reiteradamente a decisão do STJ de fixação dos honorários de acordo com o CPC.
A fim de amparar os advogados acerca desta temática, a presidente da seccional registrou que a Ordem de São Paulo está criando uma procuradoria de honorários. A iniciativa criará um cargo dentro da OAB/SP especificamente para garantir que os honorários sejam fixados da forma como diz a lei.