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Motel pagará R$ 15 mil após homem invadir suíte e agredir a ex-esposa

Segundo o TJ/SP, o mínimo que se espera de um prestador de serviço de hospedagem, ainda que no segmento de motelaria, é a garantia de privacidade e segurança aos consumidores.

29/9/2023

Motel terá de indenizar mulher que foi agredida após o ex-marido invadir a suíte em que ela estava com outra pessoa. Decisão é da 25ª câmara de Direito Privado do TJ/SP ao manter a sentença.

Na avaliação do colegiado, o mínimo que se espera de um prestador de serviço de hospedagem, ainda que no segmento de motelaria, é a garantia de privacidade e segurança aos consumidores, não sendo esperado que qualquer pessoa invada o local privado, ainda que tenha acessado a área comum do estabelecimento se passando por um cliente.

Homem agrediu a ex em um quarto de motel.(Imagem: Pexels)

O caso

A autora contou que alugou uma suíte no motel, com o propósito de utilizá-la com terceiro. Disse que seu ex-cônjuge, por não se conformar com o fim do relacionamento, adentrou no estabelecimento e arrombou a porta do quarto em que aquela se encontrava juntamente com o seu acompanhante, passando, em seguida, a agredi-la de maneira verbal e física, além de tê-la obrigado a permitir ser fotografada trajando roupas mínimas.

Em 1º grau, a Justiça condenou o estabelecimento a pagar R$ 15 mil pelos danos morais sofridos. Desta decisão houve recurso, porém o entendimento foi mantido no TJ/SP.

O relator Hugo Crepaldi considerou que, diversamente do que afirma a prestadora de serviços, a invasão, ainda mais de forma violenta de quarto de pessoa hospedada em um estabelecimento como o da ré, não é uma situação esperada, independentemente do fato de que o consumidor esteja, supostamente, cometendo adultério.

“Não é crível que a apelante queira impor à vítima a culpa pelo constrangimento por ela sofrido dentro das dependências da suíte alugada pelo casal, sendo certo que toda a situação se deu dentro do ambiente privado e, não, na área comum do estabelecimento, tampouco na via pública.”

A decisão de manter a sentença foi unânime.

A autora foi representada pelos advogados Vinicius Jonathan Caetano e Rejane Diniz de Oliveira.

O caso tramita sob segredo de justiça.

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