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Grupo Erin pede recuperação judicial no Amazonas

O pedido foi formulado no dia 6 de dezembro de 2022 e teve processamento deferido pela 22ª vara Cível e de Acidentes de Trabalho Manaus/AM

18/3/2023

O Grupo Erin, formado pelas empresas Nortoll, Aluacro e Erin Estaleiros, que tem atuação voltada para o desenvolvimento e construção de embarcações de grande porte no Estado do Amazonas, ajuizou pedido de recuperação judicial.

Segundo o escritório DASA Advogados, que representa as empresas, as atividades do grupo, cuja constituição ocorreu em 30/10/73, foram iniciadas tendo como objeto as atividades de construção naval na Amazônia e demais atividades correlatas.

Mas, nos últimos meses, diversos imóveis de propriedade do grupo avaliados em mais de R$ 20 milhões já haviam sido levados a leilão pela Justiça do Trabalho, e apenas foram obstados em decorrência de medida cautelar proposta pelo grupo de maneira preparatória ao seu então pedido recuperacional. 

O Grupo Erin, formado pelas empresas Nortoll, Aluacro e Erin Estaleiros de extrema relevância nacional no Estado do Amazonas, com atuação voltada para o desenvolvimento e construção de embarcações de grande porte, as margens do Rio Negro, ajuizou ped(Imagem: Freepik)

A crise decorre de diversos fatores econômico-financeiros que levaram o grupo a brusca queda de receita, sendo obrigado a recorrer a empréstimos em instituições financeiras, que levaram ao comprometimento do caixa. A situação se agravou, sendo necessária, inclusive, a suspensão temporaria das atividades antes do pedido de recuperação judicial - contam os sócios da DASA Advogados, Carlos Deneszczuk e Daniel Amaral.

“Diante desses fatos, a solução mais adequada para reestruturar a dívida e permitir o reestabelecimento das atividades foi a entrada no pedido de recuperação judicial, o que foi feito em 6 de dezembro de 2022.”

Carlos Deneszczuk assessora o grupo na reestruturação e explica: “a recuperação judicial, conduzida por especialistas no assunto, tem como propósito solucionar conflitos de interesses empresariais, constituindo-se como instrumento eficaz para que empresas em delicada situação financeira tenham a oportunidade de se reorganizar, e consequentemente, superar o momento de dificuldade com o escopo de manter de suas atividades e prosperar”.

Daniel Amaral ressalta que “a recuperação judicial deve ser considerada uma ferramenta jurídica/financeira, sendo o melhor e mais seguro caminho para a reestruturação das dívidas empresariais, mantendo o estímulo à economia e ao exercício da função social gerado pelo grupo à anos”.

A recuperação judicial tramita perante o juízo da 22ª vara Cível e de Acidentes de Trabalho Manaus/AM que, ao deferir o processamento do pedido, destacou:

“A recuperação judicial é ferramenta que deve ser aplicada para ajudar a preservar a atividade empresarial em crise, em função dos benefícios econômicos e sociais por ela gerados, quais sejam, os empregos, a geração de tributos, a circulação de produtos, serviços e a geração de riquezas. No caso, como acima observado, constatou-se que a empresa, embora em crise, gera efetivamente - e possui potencial para continuar gerando - os benefícios que a lei busca preservar”.

As empresas

A Nortoll, cuja sede fica na Ilha do Marajó, na Estrada do Brito, à margem direita do Rio Negro, foi fundada em 2005 e tem como atividade principal a construção naval de pequenas embarcações para transporte fluvial, através da locação de empurradores de pequena monta.

Por sua vez, a Aluacro, de 2009, atua em Porto Velho/RO. Foi constituída, também, para integrar o Grupo Erin e tem como atividade principal a comercialização de alumínio para a fabricação de esquadrias e estruturas das embarcações, as quais são utilizadas pela Erin e pela Nortoll.

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