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Ministra Delaíde: "Mulheres ainda ganham 30% menos no setor privado"

Ao Migalhas, a ministra destacou entidades como a OAB, que nunca foi dirigida por uma mulher, e a própria Justiça do Trabalho, que teve sua primeira presidente recentemente.

7/3/2023

Embora a CF, a OIT e a ONU assegurem trabalhistas iguais para as mulheres, na prática, esse espaço ainda não foi conquistado. É isso o que destaca a ministra Delaíde Miranda Arantes, do TST.

Em entrevista à TV Migalhas, a ministra destacou a disparidade salarial entre gêneros: “as mulheres CEO ainda ganham 50% menos do que os homens; as mulheres, de modo geral, no setor privado, ainda ganham 30% menos".

No setor público, destaca Delaíde, as mulheres, com esforço próprio, hoje são maioria na admissão por concurso. Mas, em função de poder, representam apenas 17%.

“Ainda é uma luta contra a cultura do machismo, da hegemonia masculina, e é isso que nós temos que vencer."

Por fim, a ministra cita a OAB Federal, que, sendo uma das maiores entidades da sociedade civil, nunca teve mulheres na presidência, e a própria Justiça do Trabalho que, com 80 anos, teve recentemente sua primeira presidente, a ministra Maria Cristina Peduzzi.

"É um caminho que estamos percorrendo, uma luta nossa. Mas ainda tem um caminho longo a percorrer."

Assista:

Disparidade salarial

De fato, a luta apontada pela ministra é secular. Mais de cem anos atrás, na campanha presidencial de 1919, Rui Barbosa tratou dos direitos sociais, o que era um tema inovador para a época. Entre eles, ele citou que as mulheres ganhavam menos que os homens, embora trabalhando em idênticos cargos.

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