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Brasileiro é morto pela polícia exatamente 2 anos após George Floyd

Cidadão foi asfixiado de maneira animalesca por integrantes da Polícia Rodoviária Federal. Caso está ganhando enorme repercussão nas redes sociais, e sendo comparado ao episódio de George Floyd, que foi morto exatamente no mesmo dia (25 de maio), há dois anos, pela polícia norte-americana.

26/5/2022

Nessa quarta-feira, 25, um homem de 38 anos foi morto, asfixiado, após uma abordagem truculenta e estulta de policiais rodoviários federais no município de Umbaúba/SE. O caso guarda uma trágica coincidência: há exatamente dois anos, houve o assassinato de George Floyd por policiais também por asfixia.

Identificado como Genivaldo de Jesus Santos, vídeos mostram agentes da PRF prendendo o homem dentro do porta-malas da viatura com uma bomba de gás lacrimogênio. Segundo laudo do IML, a causa da morte foi "insuficiência aguda secundária a asfixia".

Familiares de Genivaldo de Jesus Santos contaram à imprensa local que ele andava de moto quando foi parado pela blitz. De acordo com sobrinho e esposa, ele tinha transtornos mentais e havia mostrado aos policiais os remédios e a receita médica. Assista à cena, que contém imagens fortes:

Em nota, a PRF afirmou que, em razão da agressividade de Genivaldo de Jesus Santos, foram empregados técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção. O órgão afirmou que irá apurar o caso.

Posicionamento da OAB/SE

A OAB/SE expediu ofício ao superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe, Jason Gomes Terêncio, sugerindo o afastamento imediato dos policiais rodoviários envolvidos na morte de Genivaldo.

No ofício, a Ordem ainda solicita, em caráter de urgência, uma reunião no sentido de envidar esforços para elucidar os graves fatos ocorridos, além de maiores informações para, em caso positivo, fornecer dados para o acompanhamento do feito, ou mesmo a nomeação de representante da casa para compor um comitê de apuração que seja imparcial e célere.

A seccional ressalta ainda a necessidade de fornecer amparo à família da vítima neste momento, garantindo a observância dos direitos fundamentais.

George Floyd

Impossível não comparar este caso com o de George Floyd, que foi morto exatamente no mesmo dia (25 de maio), há dois anos. Nessa data, Derek Chauvin (policial branco) ajoelhou no pescoço de George Floyd, que acabou morrendo sem ar. Repetidamente, Floyd dizia: "não consigo respirar".

Em junho do ano passado, Derek Chauvin foi condenado a 22 anos e meio pela morte de Floyd. A sentença levou em consideração quatro aspectos para a sua condenação: (i) cometer o crime em frente a uma criança; (ii) agir com 'crueldade particular'; (iii) atuar com o apoio de um grupo e; (iv) abusar da autoridade de policial. No começo deste mês, o policial fez um acordo judicial.

Policial ajoelhou no pescoço de George Floyd, que acabou morrendo sem ar.(Imagem: Reprodução)
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