Se você buscar “melhores destinos turísticos do Brasil”, certamente encontrará na lista o distrito de Trancoso, no litoral da Bahia. O lugar realmente faz jus ao título: praias paradisíacas e um mar tranquilo compõem o charmoso cenário.
Para além do turismo, Trancoso é uma cidade “comum”: os mais de 10 mil habitantes trabalham, formam famílias, se divertem etc. Aproveitando que Migalhas estava lá para o I Congresso Internacional de Direito Tributário, fomos descobrir como é exercer a Advocacia nessa pacata cidade.
Entrevistamos Eliana Farhat, que tem um pequeno escritório de advocacia. Ela se mudou de Belo Horizonte para Trancoso há 18 anos e, atualmente, atende os “nativos”.
Também conversamos com Fernanda Christianini Salvatore, presidente da subseção de Porto Seguro, que se mudou de São Paulo para Bahia para advogar. Hoje, ela garante que seu coração é baiano. Confira:
Um pouco de história
Trancoso foi fundada pelos jesuítas em 1583, que se estabeleceram a Aldeia de São João para catequização dos indígenas que ali viviam. Mais tarde, em 1760, após desentendimentos com o político e diplomata Marques de Pombal, os jesuítas deixaram a vila, que tinha cerca de 500 índios na época.
Trancoso só entrou na rota do turismo brasileiro a partir da década de 70, impulsionado, entre outros grupos, por hippies em busca de maior contato com a natureza. Até então, esse local era um conjunto de casas dispostas ao redor de um grande gramado (o chamado "Quadrado"), com uma igreja ao fundo. Foi quando muitas comunidades tradicionais começaram a vender suas casas, principalmente no Quadrado, para pessoas que vinham de fora.
A origem do nome é controversa. Uma das explicações seria de que o nome vem de "troncoso", pois existiam árvores de grande porte na região em que a cidade foi fundada.