Seis entidades signatárias de Pacto pela Vida e Pelo Brasil, lançado em 7 de abril de 2020 ante o agravamento da pandemia, agora divulgam documento no qual convocam governadores, prefeitos e sociedade para que não poupem esforços para o avanço rápido da imunização pediátrica contra a covid-19.
"Conclamamos governadores e prefeitos a não poupar esforços para que a imunização pediátrica avance rapidamente pelo país, em grandes mutirões, alcançando todas as crianças, e sem esquecer jamais das que vivem em condição de vulnerabilidade. Conclamamos mães, pais, familiares e professores a exigir do Estado brasileiro o que é preciso neste momento, para garantir não só a saúde, mas o futuro dos mais jovens."
O documento diz que “manobras para desacreditar as vacinas, com o bombardeio incessante de declarações infundadas, têm tão somente por finalidade minar a confiança dos pais diante do que é correto e inadiável fazer: vacinar as crianças, garantindo-lhes proteção diante de um agente infeccioso grave".
"Hoje não se pode aceitar a campanha de sabotagem em torno da vacinação pediátrica, no curso de uma pandemia ainda longe de ser controlada, desprezando o direito à vida e à saúde de uma faixa etária com cerca de 69 milhões de brasileiros -- porque é disso que se trata, em flagrante desrespeito à Constituição e ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)."
A campanha ainda critica declarações enganosas de autoridades do governo, e diz que “a sociedade brasileira não vive dentro da bolha do negacionismo".
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O texto é assinado por Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, José Carlos Dias, presidente da Comissão Arns, Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências, Paulo Jeronimo de Sousa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa, e Renato Janine Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência