Desacato
Dez tripulantes que o acompanhavam em um vôo vindo de Miami acabaram proibidos de entrar no país. Segundo a PF, parte da tripulação se negou a passar pelo procedimento de ter as impressões digitais tiradas com tinta e ser fotografado e "alguns trataram os policiais de modo jocoso". "Apesar da atitude, não cometeram crime. Eles foram inadmitidos [proibidos de entrar no país]", afirmou o delegado Wagner Castilho, assessor de imprensa da PF em SPO.
Depois do incidente, os dez tripulantes foram encaminhados à sala vip da American Airlines, em um setor de acesso controlado pela Polícia Federal, onde aguardariam o vôo das 23h da empresa, como passageiros, para retornarem a Miami.
O piloto seguiu para a delegacia da PF que funciona no aeroporto, onde passou o final da manhã e a tarde confinado em uma sala. Segundo o advogado da empresa aérea, Nelson Margarido, houve um "mal-entendido". Ao sair, Hersh não deu declarações.
O advogado tentou impedir a divulgação da foto em que o piloto aparece fazendo o gesto. A PF, entretanto, argumentou que ela era a prova material do crime. À tarde, a American Airlines divulgou nota em que pede "desculpas" ao governo brasileiro.
Como o crime de desacato é considerado de baixo potencial ofensivo, foi feita uma transação penal entre o Ministério Público e o comandante, o qual aceitou pagar uma multa de R$ 36 mil, cujo valor será doado a um asilo.
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