A defesa do ex-presidente Lula divulgou nesta quinta-feira, 4, mais alguns trechos de conversas atribuídas na operação Spoofing, que investiga a invasão de dispositivos eletrônicos de autoridades.
No final de janeiro, vieram à tona algumas mensagens do ex-juiz Sergio Moro orientando o procurador Deltan Dallagnol sobre o processo de Lula. Após a revelação, Lewandowski determinou o sigilo sobre a ação da operação Spoofing, de onde vieram as tais mensagens. Eis que em 1º de fevereiro, o ministro retirou o sigilo das conversas entre procuradores da operação Lava Jato e o ex-juiz.
Em um dos trechos separados pela defesa do ex-presidente, datado de 27 de fevereiro de 2016, procuradores colocavam em xeque a atuação de ministros do STJ. “Dizem que é assim que funciona no STJ”, disse Paulo Galvão sobre propina para assessores.
O diálogo começa com Deltan afirmando que recebeu novos nomes: “Há até pagamento para político”. O procurador Paulo Galvão, então, disse que poderia ser propina para assessores e completou: “Dizem que é assim que funciona no STJ”.
Deltan mostrou dúvida. “Improvável. Se for, aí o sistema tá muito pior do que o pior que eu já imaginei. Se fosse TJ, tudo bem. Mas STJ??”
O procurador Diogo Castor de Mattos, então, cita o ministro Felix Fischer, “Eu duvido, é um cara sério”. Diogo diz que tem que ver quais processos que os ministros “podem ter julgado de interesse da Andrade [Gutierrez – empreiteira]”
- Processo: Rcl 43.007