Nesta quarta-feira, 14, o STF iniciou julgamento sobre o caso da manutenção, ou não, da prisão preventiva de André do Rap, apontado como líder do PCC - Primeiro Comando da Capital.
O ministro Luís Roberto Barroso votou pela manutenção da prisão do traficante e, durante seu voto, falou sobre a problemática da corrupção no país:
“A certeza da impunidade tem sido um incentivo irresistível para os corruptos em geral.”
O ministro contou que, na manhã de hoje, supervisionou operação de busca e apreensão em residência de agente público, flagrado com dinheiros, desviado de verbas Federais que foram remetidas a Estados da Federação:
“Desviar dinheiro da saúde, em plena pandemia, é mais do que corrupção. Chega bem próximo do assassinato. E nós precisamos ter em conta que isso não é aceitável.”
Na mesma sessão, Barroso se posicionou contra a soltura de André do Rap ao enfatizar que um réu, condenado em 2ª instância, em dois processos, ainda é considerado como inocente, por decisão do STF, quando proibiu a execução antecipada da pena. "Nós mantivemos a presunção de inocência de alguém condenado em dois processos criminais", disse. Para Barroso, há manifesto interesse público no caso em questão e a soltura automática do acusado é gravemente lesiva à ordem pública.