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“A vida é repleta de situações que merecem ser registradas”: conheça o lado fotógrafo do ministro Sebastião Reis

Como nem só de trabalho vive o homem, ministro confessou que a fotografia é uma forma de relaxar e distrair, ainda mais em tempos de pandemia.

9/9/2020

Após este veículo migalheiro divulgar as trocas do fundo de tela do ministro Sebastião Reis Jr., durante sessão do STJ, que ora se encontrava na praia, ora estava no meio da natureza ou até em alto-mar, descobrimos que S. Exa. revelou-se um grande fotógrafo e que os planos de fundo fazem parte de seu acervo!

Já disse Sebastião Salgado, ícone da fotografia documental brasileira, que não se fotografa com a máquina, mas sim "com toda sua cultura". E as imagens abaixo revelam a sensibilidade e elegância do espírito do ministro, moldado na cultura jurídica.

Em entrevista ao Migalhas, o ministro contou que há cinco anos tinha uma máquina simples que permitia, ao fotografar, selecionar uma cor, e acabou gostando da ideia. Começou tirando fotos “de turista” e depois passou a tirar fotos do cotidiano e das pessoas no dia a dia.

Como nem só de trabalho vive o homem, ministro Sebá (como é carinhosamente conhecido por amigos) confessou que o hobby da fotografia é uma forma de relaxar e distrair, ainda mais em tempos de pandemia.

“Me força a ser mais atento ao que acontece ao meu redor. Passo a perceber mais as pessoas, as coisas, os lugares. E neste período de pandemia é uma válvula de escape.”

O ministro contou que, durante esse tempo de “reclusão”, pegou o hábito de uma vez a cada duas semanas “madrugar” e sair por Brasília fotografando a cidade e o seu vazio. O que também está sendo, para o ministro, um modo de visitar e revisitar lugares que não conhecia ou que tinha conhecido há muito tempo.

“A vida é repleta de situações que merecem ser retratadas e registradas”, finalizou o ministro ao contar que os cenários e situações que mais atraem seu olhar são o comum e o diferente: um abraço, um olhar, um gesto, uma conversa, coisas inusitadas, raras, a natureza e seus detalhes.

Veja a íntegra da entrevista:

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 Ministro, quando foi que surgiu o interesse e começou a fotografar?

 Acho que há uns cinco, seis anos atrás. Tinha uma Nikon1, uma máquina mais simples, que permitia, ao fotografar, selecionar uma cor. Gostei da ideia de brincar com essa possibilidade. Tirava fotos de turista. Depois, fui mudando e passei a tirar fotos do cotidiano, das pessoas no seu dia a dia.

 Qual o significado do hobby da fotografia para o Sr.?

 Uma forma de relaxar, de distrair. Porque envolve não só o fotografar, mas também o de editar a foto. E me força a ser mais atento ao que acontece ao meu redor. Passo a perceber mais as pessoas, as coisas, os lugares. E neste período de pandemia é uma válvula de escape. Como estou recluso não só comecei a recuperar fotos antigas, como também peguei o hábito de uma vez a cada duas semanas madrugar e sair por Brasília fotografando a cidade e o seu vazio. E está sendo um modo também de visitar, ou revisitar, lugares que não conhecia ou que tinha conhecido há um tempo. Já fui ao Parque Nacional de Brasília, ao Jardim Botânico; fui conhecer o Parque das Copaíbas; fui à Esplanada dos Ministérios de madrugada, à torre de TV, ao Parque da Cidade.

 E quais são, para V. Exa., os cenários/situações que mais atraem seu olhar?

 O comum e o diferente. Pode parecer estranho, mas as coisas simples da vida, como um abraço, um olhar, um gesto, uma conversa; me atraem tanto como uma coisa inusitada, diferente, rara. A vida é repleta de situações que merecem ser retratadas, registradas. E outra coisa que descobri recentemente é a própria natureza e seus detalhes. Folhas, flores, pássaros... Tudo isso acaba dando uma boa foto.

 Das fotos que V. Exa. já tirou, tem alguma com um significado especial?

 Existem aquelas das quais eu gosto mais. Natural. Mas, por incrível que pareça, eu me lembro do momento em que tirei a maioria das fotos.

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Fundo de tela

Na sessão da 6ª turma do STJ desta terça-feira, as trocas do fundo de tela do ministro Sebastião Reis Jr chamaram atenção. Em 3h30 de sessão, o ministro, talvez saudoso de poder viajar, trocou oito vezes seu plano de fundo: ora se encontrava na praia, ora estava no meio da natureza ou até em alto-mar. Ah a tecnologia...

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