OAB
Ordem é contra transferência ao STF do poder de cassar mandatos
Aristoteles Atheniense frisou que a entidade dos advogados, refletindo o que pensa a sociedade brasileira, discorda da PEC que transfere ao STF o julgamento dos processos de cassação dos deputados, “uma prática que foi estabelecida desde a Constituição de <_st13a_metricconverter w:st="on" productid="1946”">1946”. Ele lembrou que esse sistema é adotado também nos Estados Unidos, Canadá e outros países em que o Poder Legislativo é o responsável pela aplicação da perda de mandato ao parlamentar que incida em quebra de decoro.
Para ele, não parece razoável que a transferência da atribuição, conferida ao Congresso, para o STF, constitua a única forma de impedir que deixe de existir um grave prejuízo ao regular andamento do processo legislativo, como afirma o autor da PEC. Além disso, assinalou, “não há qualquer aviso de que o julgamento no Excelso Pretório ocorrerá em menor tempo que no Congresso Nacional, devido à pletora de feitos que assoberbam seus ilustres julgadores".
As posições defendidas pelo vice-presidente nacional da OAB foram elogiadas pelo presidente da Comissão Especial que examina a PEC, deputado Jairo Carneiro e pelo deputado Gustavo Fruet, que destacaram sua coerência com os anseios da sociedade brasileira. O relator da matéria é o deputado Luiz Antônio Fleury, que ainda não concluiu seu relatório sobre o mérito da PEC. No juízo de admissibilidade, examinado pela Comissão de Constituição e Justiça, a PEC foi inicialmente aprovada. Depende agora da votação do mérito pela Comissão Especial para seguir ou não à apreciação do Plenário.
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