Na última quinta-feira, 28, Jair Bolsonaro disse que pode indicar o atual PGR Augusto Aras para ocupar a cadeira de ministro do STF se uma terceira vaga aparecer. Diante da declaração, o PGR manifestou, por nota, “desconforto”:
“Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado.”
Veja abaixo a declaração de Bolsonaro:
As vagas referidas por Bolsonaro atualmente são ocupadas pelo ministro Celso de Mello e Marco Aurélio. A aposentadoria obrigatória alcançará Celso de Mello (1/11), que desde agosto de 1989 tem cadeira na Corte Suprema. No ano seguinte, em 2021, mais uma vaga será aberta no Supremo, com a saída do ministro Marco Aurélio Mello, que completa 75 primaveras em julho.
Já na sexta-feira, 29, Jair Bolsonaro foi às redes sociais esclarecer que, "com todo respeito" que tem por Aras, não cogita indicar seu nome para essas duas vagas.
Na nota pública, Augusto Aras garante que, ao aceitar a nomeação para a chefia da PGR, não teve “outro propósito senão o de melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade”.
- Veja abaixo a íntegra da nota do PGR.
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Nota pública
O procurador-geral da República, Augusto Aras, manifesta seu desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado.
Ao aceitar a nomeação para a chefia da Procuradoria-Geral da República, não teve o atual PGR outro propósito senão o de melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade que causam desumana e injusta miséria ao nosso povo.
O PGR considerar-se-á realizado se chegar ao final do seu mandato tão somente cônscio de haver cumprido o seu dever.
Augusto Aras
Procurador-geral da República