O fim da greve de policiais no Ceará deu ensejo a atrito entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o ex-governador do Estado do Ceará, Ciro Gomes.
O bate-boca aconteceu no Twitter. O motim dos policiais foi encerrado no último domingo, 1º, após 13 dias. No mesmo dia, Moro celebrou, por meio da rede social, o fim do movimento, ressaltando a atuação do governo Federal no Estado. "Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos."
Em 2 de março, Ciro Gomes "mandou recado" a Bolsonaro e ao ministro da Justiça na mesma rede social: "Aprende, Bolsonaro e seu capanga Moro: no Ceará está o seu pior pesadelo! Generais, aqui manda a Lei!"
Ato contínuo, veio o contra-ataque de Moro, dizendo que a crise no Ceará só foi resolvida pela ação do Governo Federal, Forças Armadas e Força Nacional, e que "explorar politicamente o episódio, ofender policiais ou atacá-los fisicamente só atrapalharam".
"Apesar dos Gomes, a crise foi resolvida."
Por último, o presidente da República, Jair Bolsonaro, parabenizou Moro, e acrescentou: "não somos psiquiatras!".
Denúncia
Durante o motim dos PMs, o senador Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, foi atingido por dois tiros ao tentar romper um bloqueio de policiais grevistas com uma retroescavadeira.
Pelo ato, o deputado Federal Eduardo Bolsonaro protocolou denúncia contra Cid Gomes. No documento, o filho do presidente Jair Bolsonaro e outros 12 deputados do PSL acusam Cid por "tentativa de homicídio" e "dano ao patrimônio público".
Em post, o filho do presidente disse que "Se deixar o 'Coronér' vai querer condenar os policiais. Contra esse absurdo contem conosco".
A denúncia deverá ser encaminhada à PGR.