A assembleia geral de credores do Grupo Cultura (Livraria Cultura) aprovou uma proposta de ajustes ao plano de recuperação judicial para autorizar a venda, em UPI, do sebo online "Estante Virtual", com preço calculado em R$ 44 milhões e créditos tributários no valor de R$ 31,7 milhões.
De acordo com Fabiana Solano, sócia do Felsberg Advogados, que atua na defesa dos interesses da Livraria Cultura, a petição com o pedido de homologação da proposta ao juízo da recuperação judicial foi protocolada na última sexta-feira, 13, também ratificando compromisso de pagamento dos credores.
Na ata da assembleia enviada à Justiça, o grupo afirma que "diante da manutenção da crise financeira aguda no Brasil, e diante da necessidade de geração de caixa, é essencial para a manutenção e soerguimento das atividades do Grupo Cultura que as recuperandas possam proceder a alienação de determinados ativos e UPIs que não têm, neste momento, importância estratégica para a operação".
A Livraria Cultura pediu recuperação judicial em outubro de 2018 em virtude de uma dívida de mais de R$ 285 milhões, sendo que o volume maior é com fornecedores e bancos.
O plano de recuperação judicial foi aprovado e homologado em abril deste ano pelo juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Com isso, a empresa teve oficialmente a recuperação judicial concedida e os prazos de pagamento previstos começaram a correr.
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