Em nota, a atual defesa do médium João de Deus anunciou renuncia à causa. O líder espiritual teve o mandado de prisão decretado em dezembro último e em janeiro a Justiça aceitou denúncia por violação sexual e estupro de vulnerável.
Na nota, os advogados afirmam que “por imperativo ético” não podem declinar as razões, mas reiteraram a “confiança na inocência" de João de Deus e repudiaram a "irreparável injustiça de manter preso preventivamente, sem os devidos cuidados médicos, um homem de 77 anos, doente, que ainda aguarda um veredicto sobre as acusações lançadas contra si”.
Em junho, a 6ª turma do STJ considerou válidas as razões para a prisão de João de Deus e negou dois pedidos de HCs, cassando a liminar que possibilitou a internação hospitalar do médium para tratamento de saúde.
- Veja abaixo a nota.
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"Após sete meses de intensos trabalhos, com a realização de quase uma centena de audiências de norte a sul do Brasil, bem como a impetração e sustentação oral de inúmeros habeas corpus e recursos perante o Tribunal de Justiça de Goiás, o STJ e o STF, a defesa técnica do Sr. João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, renuncia à causa.
Por imperativo ético, não podemos declinar as razões. Contudo, reiteramos nossa confiança na inocência do Sr. João e repudiamos a irreparável injustiça de manter preso preventivamente, sem os devidos cuidados médicos, um homem de 77 anos, doente, que ainda aguarda um veredicto sobre as acusações lançadas contra si. Confiamos que em um futuro breve a verdade e a Justiça sejam restabelecidas.
Alberto Zacharias Toron, Alex Neder, Luísa Moraes Abreu Ferreira, Renato Martins, Paulo Sergio Coelho, Giovana Paiva, André Perasso, Eduardo Macul e Robert Koller, advogados."