A PF prendeu nesta sexta-feira, 15, o ex-secretário da Casa Civil do Rio, Régis Fichtner, da época do governo de Sérgio Cabral em nova fase da operação Lava Jato. O coronel da Polícia Militar, Fernando França Martins, também foi preso por ser apontado como operador de Fichtner em movimentação ilícita de dinheiro.
Régis Fichtner já havia sido preso em 2017 na operação C’est Fini, mas foi solto uma semana depois. Para os investigadores, Fichtner movimentou muito mais dinheiro do que o valor descoberto pela Lava Jato no RJ e que possibilitou a sua primeira prisão.
Na operação de hoje, o MPF aponta indícios de fatos novos na ocultação patrimônio pelo ex-secretário, além de indícios de sua atuação na destruição de provas. Com relação ao coronel, o parquet aponta que ele é o "homem da mala", suspeito de ser o responsável por recolher parte da propina recebida pelo ex-secretário. De acordo com as investigações, entre 2011 e 2012, o coronel teria entregado a Regis R$ 1,7 milhão.
"A manutenção de Régis Fichtner solto permitiria a dilapidação patrimonial, lavagem e ocultação de bens fruto de práticas criminosas", argumentam os procuradores da República integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro.