Bienal Internacional do Livro do Ceará
Neta de Farias Brito autografa livros do seu avô no estande do Senado
"Farias Brito viveu defendendo a verdade e procurando entender o sofrimento humano", testemunhou Sulamita Castro Azevedo e Silva, neta mais velha do filósofo cearense, em palestra realizada na noite de domingo (20/8) no Café Literário da 7ª Bienal Internacional do Livro do Ceará. Logo após a exposição, ela autografou livros no estante do Senado Federal, que relançou três obras do escritor.
A Verdade como Regra das Ações (1905), A Base Física do Espírito (1912) e O Mundo Interior (1914), títulos relançados pelo Senado, integram a série intitulada Ensaios sobre a Filosofia do Espírito. Segundo Carlyle Coutinho Madruga, membro do Conselho Editorial do Senado, uma outra coleção de livros de Farias Brito será lançada pelo Senado, reunindo os três volumes da série A finalidade do mundo e a produção poética e documentos biográficos e literários de Farias Brito.
O bibliógrafo Jorge Brito, organizador dos relançamentos em parceria com o Conselho Editorial, informou que a última reedição das obras do filósofo cearense no Brasil foi realizada há 50 anos. Depois disso apenas uma editora portuguesa relançou um dos livros de Farias Brito, em Portugal.
Raymundo de Farias Brito nasceu em julho de 1862, na freguesia de São Benedito, no Ceará. Ele morreu em janeiro de 1917 na cidade do Rio de Janeiro. Aluno da Faculdade de Direito do Recife, foi defensor da causa abolicionista. Entre 1884 e 1888 atuou como promotor público nas comarcas de Viçosa e Aquiraz, ambas no Ceará. Seu primeiro livro, Contos Modernos, de poemas, foi publicado em 1889.
A Verdade como Regra das Ações é um ensaio de filosofia moral como introdução ao estudo do Direito. O Mundo Interior trata-se de um ensaio sobre os dados gerais da filosofia do espírito. Já A Base Física do Espírito se constitui em uma história sumária do problema da mentalidade como preparação para o estudo da filosofia do espírito.
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