Migalhas Quentes

Ministro Barroso determina quebra de sigilo bancário de Temer

Decisão ocorreu em inquérito que investiga irregularidades relacionadas à MP 595, que originou o decreto dos Portos.

6/3/2018

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou, nesta segunda-feira, 5, a quebra do sigilo bancário do presidente Michel Temer. A decisão é válida para as movimentações bancárias do presidente ocorridas entre janeiro de 2013 e junho de 2017.

O pedido foi feito pela Polícia Federal no desdobramento do inquérito que investiga supostas irregularidades relacionadas à MP 595, que originou o decreto dos Portos – decreto 9.048/17.

O decreto alterou regras do setor portuário e, segundo a investigação, teria beneficiado empresas do setor. Na investigação, Temer é suspeito de ter recebido propina para beneficiar companhias que atuam no Porto de Santos.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que Temer solicitará os extratos de suas contas bancárias ao Banco Central, e dará à imprensa total acesso aos documentos.

Na nota, o Planalto afirmou ainda que "o presidente não tem nenhuma preocupação com as informações constantes de suas contas bancárias".

Além do sigilo bancário de Temer, Barroso também determinou a quebra do sigilo de João Baptista Lima Filho, José Yunes, Rodrigo Rocha Loures, Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita.

Declarações

Na semana passada, a procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, se manifestou em relação a aspectos do inquérito que investiga Michel Temer. A PGR tratou de questões referentes ao pedido de dilação de prazo para conclusão das investigações e das diligências já realizadas no curso do inquérito, destacando os pedidos de afastamento de sigilos bancários e fiscais contra os investigados.

Além disso, Raquel Dodge também abordou a posição adotada pelo então diretor da PF, Fernando Segóvia, afirmando que ele não tinha atribuição para conduzir investigações por ocupar um cargo administrativo. "Quaisquer manifestações a respeito de apurações em curso contrariam os princípios que norteiam a Administração Pública, em especial o da impessoalidade e da moralidade", disse Raquel.

A manifestação se referiu à declaração dada por Segóvia à agência de notícias Reuters, na qual o ex-diretor-Geral da PF dizia que o arquivamento da investigação envolvendo o presidente era recomendado. Em razão disso, o então diretor-Geral da PF teve de comparecer ao gabinete do ministro Barroso para prestar esclarecimentos.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

PGR se manifesta em inquérito que investiga Temer sobre decreto dos portos

27/2/2018
Migalhas Quentes

Diretor da PF se encontra com Barroso para explicar declarações sobre inquérito de Temer

20/2/2018
Migalhas Quentes

STF: Diretor da PF deverá explicar declarações sobre inquérito contra Temer

10/2/2018
Migalhas Quentes

Ministro Barroso amplia tempo para PF enviar perguntas a Temer no caso dos Portos

14/11/2017
Migalhas Quentes

Ministro Barroso autoriza inquérito contra Temer

12/9/2017
Migalhas Quentes

Ministro Barroso é relator de novo pedido de investigação contra Temer

11/9/2017

Notícias Mais Lidas

Gusttavo Lima pagará R$ 70 mil por número citado em música "Bloqueado"

18/3/2025

Em petição absurda, advogado ataca juíza: “resquícios de senzala”

20/3/2025

Ministro Herman alerta para “litigância abusiva reversa” por empresas

18/3/2025

TJ/SP autoriza consulta ao iFood, Netflix e Uber para localizar devedor

18/3/2025

STF forma maioria para negar recursos de Bolsonaro e Braga Netto

19/3/2025

Artigos Mais Lidos

Lei 15.109/25: A dispensa de custas para advogados em cobranças de honorários

17/3/2025

Art. 50 do Código Civil na jurisprudência do TJ/SP

18/3/2025

Aumento do imposto sobre herança: O que fazer antes das novas regras

18/3/2025

Tributação progressiva do ITCMD

18/3/2025

Tese 1.198 do STJ: da aventura processual abusiva à desventura processual

18/3/2025