O ministro Asfor Rocha, ex-presidente do STJ, pediu à procuradora-Geral da República Raquel Dodge a instauração de inquérito policial para apurar vazamentos da delação de Palocci, ainda não homologada.
No fim de agosto, sugiram na imprensa notícias de que Palocci teria dito que o ministro, então presidente do STJ, teria recebido valores para anular a operação Castelo de Areia.
Lembrando que o conteúdo dos depoimentos supostamente colhidos no âmbito da colaborada premiada está resguardado pelo sigilo previsto no art. 7º da lei 12.850/13, os advogados Aristides Junqueira Alvarenga e o próprio ministro Asfor Rocha apontam que, caso o acordo de Palocci exista, a violação de seu sigilo “é inconteste e a autoria de tal violação há de ser perquirida e a denúncia oferecida”.
Após elencar uma série de documentos que rebatem a suposta declaração do ex-ministro da Fazenda, os autores do pedido de notícia-crime asseveram:
“Constata-se mentirosa a afirmação atribuída por ditas publicações ao delator, que supostamente estaria imputando ao noticiante crime de corrupção passiva, a ofender, dolosamente, a honra deste, cuja reparação o ofendido buscará oportunamente.”
Veja aqui o documento.