O ministro Edson Fachin, do STF, determinou o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB), que teve o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Foi pedida a prisão do deputado Rocha Loures (PMDB), e também aqui apenas o afastamento foi determinado monocraticamente pelo ministro.
De acordo com o jornal O Globo, o senador Aécio foi gravado pedindo R$ 2 mi ao empresário Joesley Batista, da JBS, para bancar a sua defesa na Lava Jato. O pedido teria sido feito há menos de dois meses, pouco antes da delação da Odebrecht vir à tona e o ministro Fachin autorizar a abertura de inquérito contra 29 senadores, incluindo aí Aécio.
Foram feitas buscas no apartamento de Aécio Neves, em Ipanema, no Rio de Janeiro; e no apartamento de Andrea Neves, irmã do senador (que foi presa nesta manhã e encaminhada à PF de Belo Horizonte), que fica em Copacabana.
Proibição
Na decisão, o ministro Fachin proíbe o senador Aécio de deixar o país e o obrigada a entregar o passaporte, além de não manter contato com qualquer outro investigado ou réu apontados na delação da JBS.
E encerrou o despacho assinado nesta quarta-feira, 18, com citação do jurista Ulpiano: "Esses são os preceitos do direito: viver honestamente, não causar dano a outrem e dar a cada um o que é seu".
A assessoria do senador Aécio Neves divulgou nota dizendo que o parlamentar está "tranquilo" com seus atos. Veja abaixo a íntegra.
"O senador Aécio Neves está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários."