CPI do tráfico de armas pede criação de Justiça especializada em crime organizado
Raul Jungmann defendeu que sejam criadas varas que se dediquem exclusivamente ao crime organizado, “que tem crescido e se articulado”, a exemplo do PCC e do Comando Vermelho, e explicou que essa especialização já existe em outros países. “O exemplo vem da Itália, quando teve de enfrentar efetivamente a máfia”, disse.
“Se você trabalha com o crime organizado da mesma forma que com os crimes comuns, você não tem chance de sucesso”, argumentou, lembrando que esse tipo de crime é abrangente, complexo e dispõe de grande volume de recursos. Já o presidente da CPI, Morani Torgan, enfatizou a necessidade de união entre os três Poderes no combate ao crime organizado. “Não podemos enfrentá-lo com as instituições agindo separadamente”, afirmou. Torgan elogiou a criação, pelo CNJ, do banco de dados sobre a população carcerária do Brasil.
A ministra Ellen Gracie lembrou que a Justiça Federal já tem, nas capitais, varas especializadas no combate à lavagem de dinheiro, que podem ser usadas como modelo. A discussão sobre o assunto continuará na próxima terça-feira (30), quando integrantes da CPI conversarão com membros do CNJ, e na próxima quinta-feira (1º), ao final da reunião entre o CNJ e o Colégio de Presidentes dos Tribunais de Justiça, que será realizada TJ/DF.
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