Migalhas Quentes

Promotor condenado por agressão à ex-mulher não deve ser preso após condenação em segundo grau

Presidente do TJ/SP, Paulo Dimas considerou que decisão do STF não tem eficácia vinculante.

1/8/2016

O presidente do TJ/SP, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, indeferiu pedido do MP/SP e não determinou a imediata execução da condenação de promotor de Justiça condenado a 5 anos, em regime semiaberto e perda da função pública, por agressão grave à ex-mulher.

O parquet alegava que, como o réu foi condenado pelo órgão especial do TJ, deveria ser aplicado ao caso o entendimento do STF no sentido de que é possível a execução de pena a partir de decisão em segunda instância, antes do trânsito em julgado.

Entretanto, o desembargador ponderou que a decisão do Supremo não tem eficácia vinculante, pois foi tomada em processo de natureza subjetiva. Tanto que o ministro Celso de Mello revogou uma prisão decretada a partir de condenação em segunda instância.

Além disso, o magistrado observou que, como o promotor tem foro privilegiado, o TJ conheceu e decidiu originariamente. Portanto, não houve duplo grau de jurisdição, tendo em vista que o caso não foi analisado em duas instâncias.

"A decisão que alterou o antigo posicionamento do STF procurou dar efetividade às decisões condenatórias depois de satisfeito o duplo grau de jurisdição, notadamente para se evitar o uso abusivo e protelatório da enorme gama de recursos previstos no nosso sistema processual penal muitas vezes dando ensejo a um triplo ou mesmo quarto grau de jurisdição, o que, na hipótese aqui em exame, decididamente não se verificou."

O processo tramita sob segredo de Justiça.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

Lewandowski diz que decisão do plenário não tem efeito vinculante e solta homem antes do trânsito em julgado

28/7/2016
Migalhas Quentes

Celso de Mello suspende execução de prisão de réu antes de trânsito em julgado

5/7/2016
Migalhas Quentes

Ministro Barroso: Prisão após condenação em 2ª instância confere credibilidade ao Judiciário

11/5/2016
Pílulas

Reflexões sobre a mudança de jurisprudência do Supremo - Relativização da presunção de inocência

18/2/2016
Migalhas Quentes

JULGAMENTO HISTÓRICO: STF muda jurisprudência e permite prisão a partir da decisão de segunda instância

17/2/2016

Notícias Mais Lidas

"Vale-peru"? TJ/MT fixa R$ 10 mil de auxílio-alimentação em dezembro

19/12/2024

Bosch é condenada a pagar R$ 1,7 mi por fraude em perícias judiciais

19/12/2024

PEC que limita supersalários de servidores é aprovada pelo Congresso

20/12/2024

MP/BA investiga Claudia Leitte por retirar "Iemanjá" de música

19/12/2024

STJ mantém exclusão de limite de 150 salários-mínimos para honorários

19/12/2024

Artigos Mais Lidos

Afinal, quando serão pagos os precatórios Federais em 2025?

19/12/2024

Discriminação nos planos de saúde: A recusa abusiva de adesão de pessoas com TEA

19/12/2024

Planejamento sucessório e holding patrimonial: Cláusulas restritivas societárias

20/12/2024

Decisão importante do TST sobre a responsabilidade de sócios em S.A. de capital fechado

20/12/2024

As perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2025

20/12/2024