Anúncio
A decisão foi anunciada em entrevista coletiva concedida na própria Casa Legislativa. O então presidente afastado da Câmara afirmou ser "público e notório que a Casa está acéfala", e "não suportará esperar indefinidamente".
Destacou que, por conta do período de recesso forense do STF, não havia qualquer previsão de apreciação de recurso contra seu afastamento. Assim, só sua renúncia poderia pôr fim ao impasse, por isto estaria cedendo aos apelos generalizados de seus apoiadores.
Veja trecho do pronunciamento.
Defesa
Cunha afirmou ser vítima de "perseguição e vingança", e que a principal causa de seu afastamento teria sido a condução do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. "Estou pagando um alto preço por ter dado início ao impeachment".
O peemedebista emocionou-se ao agradecer a Deus, a aliados e a sua família pelo apoio “no meio dessa perseguição política", e disse que vai continuar defendendo sua inocência.
Sucessão
Com a renúncia de Cunha, a Câmara terá de convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias – deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes – para uma espécie de mandato-tampão, ou seja, para um nome que comandará a Casa até fevereiro do próximo ano quando um novo presidente será eleito.
O jornal O Estado de S. Paulo divulgou uma lista com 12 nomes da base aliada do governo interino de Michel Temer que estariam na disputa à sucessão de Cunha na Câmara após a renúncia.
Os mais cotados são Rogério Rosso (PSD-DF), Fernando Giacobo (PR-PR) e Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Confira os nomes:
PSB
Hugo Leal (RJ)
Júlio Delgado (MG)
Heráclito Fortes (PI)
PMDB
Osmar Serraglio (PR)
PSDB
Antônio Imbassahy (BA)
DEM
Rodrigo Maia (RJ)
José Carlos Aleluia (BA)
PSD
Rogério Rosso (DF)
PP
Esperidião Amin (SC)
SD
Carlos Manato (ES)
PRB
Beto Mansur (SP)
PR
Fernando Giacobo (RR)
______________________
Veja a íntegra da carta de renúncia: