Ao afirmar no último domingo, 20, que pediria o impeachment do ministro Gilmar Mendes, Damous afirmou:
“O Conselho Federal da OAB adotou uma posição vergonhosa, golpista, em relação ao que acontece no Brasil hoje. Em 1964, também a OAB apoiou o golpe, só que naquela época havia grandes vultos da advocacia, como Sobral Pinto, Seabra Fagundes, Heleno Fragoso e outros que recolocaram a OAB no caminho da democracia. Neste momento, a OAB federal está resumida a mediocridades. O que deve acontecer na OAB é uma oxigenação democrática, a OAB deve ter eleições diretas, o conselho federal é eleito indiretamente, aí permite que esses caciquinhos de Estado, esses líderes paroquiais tomem conta de uma entidade que deveria representar a advocacia nacional. Então, é lamentável, é vergonhosa a posição da OAB. (...) Infelizmente, a OAB entra no jogo político a favor do golpe e fica em silêncio diante das perseguições e das violações das prerrogativas dos advogados, não se manifesta. Infelizmente essa não foi a OAB da qual eu fiz parte. Essa não é a OAB que lutou contra a ditadura militar.”
Em carta enviada nesta segunda-feira, 21, ao presidente Lamachia, Damous pediu “sinceras desculpas” pelas recentes declarações.
“Palavras que, no calor desse momento tão acirrado de paixões, soaram desrespeitosas e até mesmo grosseiras, destoando inclusive da lhaneza com que normalmente trato as questões atinentes à nossa categoria e suas entidades.”
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Veja abaixo a íntegra da carta.
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