Novo encontro
O encontro vai resultar na criação de comissões bilaterais nas áreas de energia, agricultura, ciência e tecnologia e deve ser pautado pela disposição americana de concluir a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) dentro do prazo, em janeiro de 2005.
Uma das principais decisões será a criação da Comissão de Comércio Agrícola, com o objetivo de aparar as diferenças entre Brasil e EUA que estão emperrando as negociações da Alca.
Segundo definição da embaixadora dos EUA no Brasil, Donna Hrinak, "Lula e Bush parecem não ser parceiros prováveis, mas eles têm uma mesma visão dos problemas a enfrentar".
O embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa, afirmou que o encontro, "histórico", definirá uma "agenda positiva para as prioridades dos dois países em várias áreas".
Ao meio-dia, haverá um almoço que vai marcar o encerramento da reunião e o anúncio das parcerias entre Brasil e EUA.
Ainda durante a tarde, na embaixada brasileira, Lula se encontrará com o diretor-gerente do FMI, Horst Köhler e com o presidente do Banco Mundial, James Wolfersohn, em audiências separadas.
Estão previstas também audiências ao presidente da American Federation of Labor Congress of Industrial Organizations (AFL-CIO), e ao presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias. Lula embarcará à noite para Brasília.
O secretário de Comércio norte-americano, Donald Evans, anunciou ontem, durante seminário, o envio de uma missão oficial dos EUA ao Brasil em novembro para aprofundar as negociações da Alca, onde os dois países são co-presidentes.
Usando o mesmo mote da campanha eleitoral de Bush em 2000 -o "conservadorismo com compaixão"-, Evans defendeu o que chamou de "livre comércio com compaixão" como saída para "reduzir a pobreza".
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