A operação que resultou na prisão foi feita pela Secretaria Nacional Antidrogas paraguaia em parceria com a Polícia Federal. De acordo com a PF, após o procedimento de deportação sumária, ele dará entrada no Brasil por Foz do Iguaçu/PR e, posteriormente, em data a ser confirmada, será transferido para SP.
O ex-médico foi localizado com a ajuda do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do MP/SP. De acordo com o parquet, ao longo da investigação, ficou evidenciado possível paradeiro do ex-médico no Paraguai e a Justiça estadual, então, autorizou que o MP compartilhasse as provas com a Polícia Federal, que cumpriu o mandado de prisão expedido contra Abdelmassih.
As denúncias contra Abdelmassih tiveram início em 2008. Ele foi indiciado em junho de 2009 por estupro e atentado violento ao pudor e chegou a ficar preso de 17 de agosto a 24 de dezembro de 2009, mas conseguiu o direito de responder o processo em liberdade.
Em 23 de novembro de 2010, a Justiça o condenou a 278 anos de reclusão. O ex-médico não foi preso logo após ter sido condenado porque um HC concedido pelo STJ lhe deu o direito de responder em liberdade. O HC foi revogado pela Justiça em janeiro de 2011, quando Abdelmassih tentou renovar seu passaporte. Como a prisão foi decretada e ele deixou de se apresentar, passou a ser procurado pela polícia. Em maio de 2011, Abdelmassih teve o registro de médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo.