A percepção dos agentes de mercado é de que o primeiro semestre do ano deve concentrar a maior parte das ofertas públicas, principalmente por meio das ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) que ficaram represadas em 2013, bem como de emissões de dívida com esforços restritos de colocação no mercado local que não foram liquidadas no final do ano.
De acordo com Caio Cossermelli, sócio do Tauil & Chequer Advogados e especialista em mercado de capitais, as ofertas de ações devem se concentrar antes da Copa e depois da eleição. “Com o carnaval em março e a copa em junho, as janelas ficam mais estreitas esse ano. Além disso, o possível cenário de incerteza política decorrente da eleição presidencial pode também alterar o calendário das ofertas de ações a serem colocadas no segundo semestre, apesar de termos em nosso pipeline várias operações, especialmente de empresas familiares de grande porte, que planejam acessar o mercado nesse período.”
Com relação às ofertas de dívida local, como emissões de debêntures e notas promissórias, o calendário dependerá do tipo de operação. Segundo Milton Pinatti, sócio de mercado de capitais do mesmo escritório, “o ritmo das ofertas de dívida com esforços restritos de colocação não deve ser substancialmente afetado ao longo do ano, mas é possível que as ofertas públicas destes títulos, quando colocadas, sigam o mesmo calendário das ofertas de ações”.
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