A declaração veio em resposta a uma pergunta feita pela plateia sobre os advogados que evocam o direito de defesa como justificativa, quando recebem grandes quantias a título de honorários. O presidente do Coaf questionou o direito de defesa como justificativa para honorários elevados por entender que não refletem os interesses da sociedade.
"Direito de defesa, todos têm. Cabe ao Estado provê-lo para quem não pode pagar um advogado. Agora, criar um mecanismo que incentiva o ladrão eficiente, o ladrão mais poderoso, é um contrassenso para mim. Os advogados podem não gostar, mas eu também sou advogado. A questão toda é o seguinte: em que tipo de sociedade esses mesmos advogados querem viver?", indagou.
No ano passado, a presidente Dilma sancionou a lei 12.683/12, alterando a lei 9.613/98 para tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro. A norma ampliou o rol de pessoas obrigadas a enviar informações sobre operações suspeitas ao Coaf.
Em janeiro deste ano, o Coaf publicou a resolução 24/13 para esclarecer os procedimentos a serem adotados pelas pessoas físicas ou jurídicas não submetidas à regulação de órgão próprio regulador que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência.