Depois de Lewandowski absolver José Dirceu do crime de corrupção ativa, os ministros Rosa Weber e Luiz Fux divergiram parcialmente do voto do revisor e acompanharam integralmente o entendimento do ministro Joaquim Barbosa, relator.
Ambos condenaram José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino e Simone Vasconcelos, e absolveram Geiza Dias e Anderson Adauto por falta de provas.
A ministra Rosa Weber declarou que os autos evidenciam uma elaboração sofisticada de corrupção de parlamentares. "Houve, sem dúvida, um conluio para a compra de votos", afirmou. Segundo ela, "a propina foi decidida pelo núcleo político e concretizada pelo núcleo operacional, com apoio dos integrantes do Banco Rural".
No mesmo sentido, o ministro Fux asseverou que "se não fosse a tarefa deles [núcleo publicitário], não se conseguiria chegar à corrupção ativa" e sustentou que Delúbio Soares não teria agido sozinho, por isso, Genoino e Dirceu também estariam envolvidos na trama. "Evidentemente pertencentes à mesma agremiação partidária, é claro e evidente que eles faziam troca de informações em relação a tudo o que acontecia no partido, porque o objetivo final era o apoio político", disse.