JB declarou-se convencido, por meio de laudos e depoimentos, de que os então dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane concediam empréstimos às agências de publicidade SMP&B, DNA Propaganda e Grafitti Participações, informando ao Banco Central e ao Coaf que as sacadoras seriam as próprias empresas, com a finalidade de pagar fornecedores. Entretanto, Marcos Valério e seus sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, juntamente com o advogado Rogério Tolentino e as funcionárias Simone Vasconcelos e Geiza Dias, repassavam os valores – dissimulando a natureza, origem, localização e movimentação dessas quantias – a pessoas indicadas por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT. "Tudo que foi exposto demonstra tanto a ocorrência do crime de lavagem de dinheiro como a autoria dos réus", afirmou o ministro.
Apesar de considerar Ayanna Tenório culpada, o relator decidiu absolvê-la por não haver crime antecedente, fundamental para a tipificação do delito, uma vez que os demais ministros não a responsabilizaram, na semana passada, por gestão fraudulenta de instituição financeira.
O julgamento será retomado amanhã, 12, com o voto do ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo.