Hoje, existem oito servidores e 18 estagiários na repartição para atender uma demanda de R$ 7 bilhões de precatórios e RPVs a serem pagos pelo Estado. Outro problema enfrentado é a necessidade de os advogados irem até a central para obterem informações, pois ainda não foi implantado um sistema de precatórios online, o que amplia a morosidade do serviço, uma vez que os funcionários param o trabalho frequentemente para realizarem atendimento no balcão. Além disso, a liberação dos alvarás aos advogados é agravada com a burocratização dos procedimentos pela Secretaria da Fazenda e pela Procuradoria-Geral do Estado.
O RS possui 316 milhões de reais em caixa, e vem depositando, em uma conta administrada pelo Judiciário, de 23 a 25 milhões de reais por mês para precatórios. "Não podemos aceitar que as verbas estejam depositadas, mas não sejam pagas. O cidadão-credor, que está angustiado esperando por um dinheiro que pode fazer toda a diferença na sua vida, não entende as dificuldades do sistema", ressaltou Claudio Lamachia, presidente da OAB/RS.
Ao ano entram cinco mil novos precatórios devidos pelo Estado. Em 2011, foram quitados cerca de R$ 800 milhões, entre precatórios e RPVs. No entanto, o volume de credores ainda é estimado entre 60 e 70 mil pessoas.