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TJ/SP firma convênio para aprimorar núcleo de estatísticas
O convênio tem o objetivo de criar um grupo de trabalho interdisciplinar formado por matemáticos e juristas capaz de auxiliar no desenvolvimento do Núcleo de Estatística do TJ/SP e municiá-lo de procedimentos e técnicas aptos a aperfeiçoar as políticas de gestão estratégica.
Para formalizar o convênio, o TJ/SP considerou a finalidade de aplicação da matemática estatística da probabilidade no estudo de fatos jurídicos, bem como a utilização de pesquisas quantitativas e empíricas na compreensão desses fatos. O resultado do trabalho, desenvolvido por corpo técnico altamente qualificado, composto de renomados operadores do Direito e de matemáticos do Instituto de Matemática e Estatística-IME/USP, deve colaborar com a missão do Tribunal e a necessidade em responder de forma rápida de detalhada os questionamentos apresentados a respeito de processos sob sua administração.
De acordo com Marcelo Guedes Nunes, presidente da ABJ, "o convênio, sem dúvida nenhuma, belo e digno da mais efusiva comemoração, coloca, no entanto, desafios importantes para o governo brasileiro, especialmente para o Poder Judiciário".
Guedes Nunes acredita que o desenvolvimento dessa inteligência estatítistca deve ser também capaz de estruturar um banco de dados dinâmico, apto a parametrizar as milhares de disputas que trafegam na justiça e, com isso, auxiliar a administração do tribunal a tomar decisões estratégicas a respeito, por exemplo, da alocação de recursos, contratações, criação de varas e câmaras especializadas e esforços de conciliação concentrados. Com isso, o termo de cooperação entre a ABJ e o TJ/SP pretende colaborar com realização desses ideias. "Nosso propósito é aproximar o maior tribunal do mundo de um time com os melhores matemáticos da America Latina para, assim, criar as bases fundamentais dessa ponte entre o direito e a estatística. Este é o objetivo da ABJ e da jurimetria, ciência neófita, ainda em formação, que não poderia encontrar um parceiro mais qualificado e sinérgico do que o TJ/SP", finaliza o presidente da ABJ.