Fórum Verde
TJ/DF inaugura o primeiro Fórum sustentável do judiciário
O Fórum Verde, como esta sendo chamado, é uma iniciativa inédita no judiciário brasileiro. É também a primeira obra do centro-oeste dotada de conceitos inovadores de sustentabilidade, que revelam uma nova preocupação do Poder Público "além de atender às necessidades da sociedade, vai ao encontro de uma melhor convivência do homem com o meio ambiente", destaca o desembargador Otávio Augusto, presidente do TJ/DF.
A nova Casa de Justiça que vai abrigar as oito varas Fazenda Pública do DF e a vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, já transferidas para o novo espaço. Está localizada no Setor de Administração Municipal - SAM, lote "M", próximo ao Tribunal de Contas do DF.
Com uma concepção inovadora, a construção envolveu profissionais multidisciplinares e integrou conceitos ecologicamente reconhecidos, desde a concepção do edifício, iniciada na gestão (2008-2010) e concluída pela atual gestão (2010-2012). Sua inauguração compõe o atual Plano do Biênio do TJ/DF - PLABI 2010-2012.
O nome do novo Fórum é uma homenagem do Tribunal ao desembargador Joaquim de Sousa Neto, falecido em junho de 2003 e o terceiro a presidir o TJ/DF. A escolha foi uma decisão unânime da Corte em sessão do Tribunal realizada no dia 29 de março.
A expectativa do TJ/DF é de receber pela construção o Selo Ouro, certificação sustentável dada pelo Green Building Council Brasil, obtida por apenas 10 construções em todo o Brasil e única do Centro-Oeste. O selo do Green Building Council Brasil possui categorias e é avaliado conforme pontuação estabelecida.
A obra foi executada pela Caenge S.A. Construção, Administração e Engenharia e projetada pela Zanettini Arquitetura, com a colaboração do Setor de Engenharia e Arquitetura do TJ/DF. Segundo a Caenge, a construção buscou atender aos critérios para a certificação LEED (Liderança em Projetos Ambientais e Energéticos) durante as diversas etapas da construção.
A edificação foi localizada de tal modo no terreno, que permitiu a retirada mínima da vegetação nativa, ficando totalmente integrado com o entorno. Também buscou aproveitar, ao máximo, em todos os ambientes, a iluminação natural e a ventilação cruzada, o que garantiu a redução do uso de iluminação artificial e do ar-condicionado.
A leve rotação do edifício permitiu a criação de floreiras em todos os pavimentos, o que, além de humanizar o ambiente, auxiliou na proteção solar e na melhoria da qualidade do ar. No local também foi construído um bicicletário para os servidores e usuários do espaço.
Com cobertura ajardinada, que reduz a carga térmica do edifício, o Fórum possui uma estação compacta de tratamento de efluentes, captação de águas pluviais, que permite o reuso de águas pluviais e cinzas para fins não potáveis, como descarga, lavagem de pisos e irrigação de jardins.
Foram usados metais e sanitários que permitem economia no consumo de água e toda a madeira utilizada nas paredes divisórias é comprovadamente proveniente de reflorestamento. Também as tintas, mantas e colas empregadas foram testadas em laboratórios independentes, obedecendo às normas técnicas mais restritivas de liberação de Compostos Orgânicos Voláteis (COV's).
Ao todo, foram aplicados 20% de materiais reciclados e 40% de materiais regionais, produzidos em um raio de 800 km da obra. Também foi utilizada a gestão sustentável de resíduos durante a fase de execução, garantindo que 75% dos resíduos gerados fossem reaproveitados ou reciclados.
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