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TRF da 1ª região considera legítimo o uso de tabela de honorários para cobrança de serviços médicos
O SindMédico entrou com mandado de segurança na 9ª vara Federal do DF para tentar derrubar a multa. Mas o pedido foi negado pelo juiz Federal. Na ocasião, o magistrado entendeu que o Cade agiu dentro das suas atribuições, e que a tabela da AMB contribui com a formação de "cartel". "A utilização da tabela de honorários mínimos impõe aos profissionais da área uma conduta uniforme, impedindo, assim, a livre concorrência", expôs o juiz Federal.
O sindicato apelou, então, ao TRF, alegando que a tabela – atualizada periodicamente desde a criação, em 1984 – é um mecanismo essencial para a definição de parâmetros mínimos de valores cobrados em cada serviço, como procedimentos médicos e laboratoriais. Também defendeu que o uso da tabela é uma forma de coibir a cobrança de preços ínfimos e, com isso, manter a integridade da profissão, além de proteger o paciente, "porque lhe assegura um atendimento com um mínimo de eficiência".
O relator do processo no Tribunal, desembargador Federal João Batista Moreira, destacou, no voto, o entendimento já consolidado do TRF em votações de matérias semelhantes, no sentido de que a Tabela de Honorários Médicos não fere a ordem econômica, resguardada pelo artigo 20 da lei 8.884/94 (clique aqui). "A fixação de tabela de honorários profissionais como referência, não compulsória, notadamente em um mercado plural e diversificado, é regular e constitucional", relembrou.
O MPF também opinou em favor do SindMédico, ao declarar que a utilização da tabela "não constitui prática limitadora da livre concorrência".
Diante disso, o desembargador federal João Batista Moreira deu provimento à apelação. O voto foi acompanhado por unanimidade, e, dessa forma, a multa aplicada pelo Cade foi suspensa pela 5ª turma do Tribunal.
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Apelação Cível : 1997.34.00.0128203/DF
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