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MP/SP veta 9 estádios para o Campeonato Paulista

A Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital notificou, na tarde de ontem, 14/1, a Federação Paulista de Futebol de que nove estádios – na capital e no interior – não poderão receber jogos do Campeonato Paulista de Futebol da Série A 1 em razão de irregularidades apontadas nos laudos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

15/1/2010


Irregularidades

MP/SP veta 9 estádios para o Campeonato Paulista

A Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital notificou, na tarde de ontem, 14/1, a Federação Paulista de Futebol de que nove estádios – na capital e no interior – não poderão receber jogos do Campeonato Paulista de Futebol da Série A 1 em razão de irregularidades apontadas nos laudos da PM e do Corpo de Bombeiros. Outros nove estádios poderão sediar jogos, mas com restrições para garantir a segurança de atletas, árbitros e torcedores.

Dos 20 estádios programados para receber jogos do Campeonato Paulista estão integralmente vetados: Décio Vitta (Americana), Atlético Monte Azul (Monte Azul Paulista), Augusto Schimidt Filho (Rio Claro), Novelli Júnior (Itu), Frederico Dalmazo (Sertãozinho), Osvaldo Teixeira Duarte (São Paulo), Nabi Abi Chedid (Bragança Paulista), Hildenor Semeghini (Itápolis) e Santa Cruz (Ribeirão Preto). O estádio Papa João Paulo II (Mogi Mirim) também não poderá receber jogos porque os laudos relativos ao local não foram entregues pela Federação Paulista de Futebol ao MP.


Promotor Roberto Senise Lisboa: "O MP não tem a intenção de inviabilizar qualquer campeonato"

Os laudos apontam que outros estádios somente poderão receber jogos com restrições: Cícero Pompeu de Toledo – Morumbi (São Paulo), Paulo Machado de Carvalho – Pacaembu (São Paulo); Palestra Itália (São Paulo), Urbano Caldeira – Vila Belmiro (Santos), Anacleto Campanella (São Caetano do Sul), Bruno José Daniel (Santo André), Jaime Cintra (Jundiaí), Eduardo José Farah (Presidente Prudente), Moisés Lucarelli (Campinas), José Maria Campos Maia (Mirassol). O Arena Barueri sequer foi analisado pelo Ministério Público porque não está no calendário de jogos da FPF.

"A Federação Paulista de Futebol será notificada hoje para mudar os locais dos jogos já na primeira rodada do Campeonato", afirma o promotor de Justiça do Consumidor Roberto Senise Lisboa. Segundo ele, a Federação e os clubes tinham conhecimento há seis meses de que entraria em vigor a Portaria 124 do Ministério dos Esportes que exige o envio, para o MP, de laudos da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e de engenheiro credenciado junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) como condição para realização das partidas.

"O Ministério Público não tem a intenção de inviabilizar qualquer campeonato", esclarece o promotor. "O MP está apenas cumprindo seu papel constitucional de evitar riscos à integridade dos consumidores", complementa.

De acordo com os laudos enviados ao MP, o estádio da Portuguesa não tem condições de sediar jogos porque o local de acesso às delegações é inadequado em razão de contato muito próximo com a torcida, as barreiras físicas são de estrutura frágil, não há isolamento seguro da torcida visitante e o estacionamento de veículos armazena materiais que podem ser utilizados como armas por torcedores. Além disso, a entrada de veículos coincide com a entrada de torcedores, não há rotas de fugas para os portões 4, 5 e 7, o portão 10 está em reforma e há venda de bebidas alcoólicas muito próxima do portão 8.

Estádios como o Morumbi, o Pacaembu e o Palestra Itália também só poderão ser utilizados com restrições. O Morumbi não poderá utilizar os setores Amarelo e Laranja das cadeiras superiores e o setor Laranja das cadeiras inferiores, locais onde há assentos de madeira que podem ser facilmente removidos pelos torcedores, segundo apontaram os laudos. Esses setores têm capacidade para 9 mil torcedores.

O Pacaembu tem quatro restrições: alambrado defronte ao portão principal é de fácil escalada e propício a invasões, veículos link de emissoras de televisão estacionam sobre a calçada na Rua Clovis Passalacqua, com exposição de cabos de energia na calçada e causando dificuldades para o acesso do público; mureta baixa na área de acesso ao tobogã e vão entre os guarda-corpos superior a 16 cm, o máximo permitido.

Os laudos apontaram como problemas no Palestra Itália o acesso das delegações ao vestiário por meio de fosso aberto, vãos maiores que os permitidos nos guarda-corpos, e impossibilidade de acesso das ambulâncias ao gramado. A Vila Belmiro foi aprovada pelo Corpo de Bombeiros, mas a PM apontou restrições decorrentes basicamente de problemas de colocação das câmaras de segurança e falta de numeração dos assentos nos setores 1, 2, 201 e 201.

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Fonte : MP/SP

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