A posição do Bric na crise global e a perspectiva do Brasil
Carlota Berault Moreira*
Desde sua criação em novembro de 2001, o FMI já calculou que o Bric é responsável por 30% da economia global e 47% do crescimento mundial. O Brasil serviria como fornecedor de alimentos; a Rússia, de petróleo e gás natural; a Índia, de mão-de-obra; e a China, de tecnologia.
O economista Jim O'Neill, chefe de pesquisa econômica global do Banco de Investimentos Goldman Sachs e criador do conceito Bric (grupo de países emergentes que devem superar as maiores nações até 2050), em entrevista recente, disse que o PIB do Brasil só precisa crescer 3,5% ao ano para o país virar uma potência econômica e aconselha o país a abandonar a preocupação com o aumento do PIB (produto interno bruto).
Para este especialista, o controle constante da inflação não é visto como óbice, no entanto, mais importante do que o Brasil atingir a meta de crescimento de 3,5% ao ano é manter controlada a inflação por meio de metas anuais, pois com a diminuição da inflação os investimentos no país serão favorecidos e os empréstimos, a juros baixos, favorecerão a produção, o consumo e a geração de empregos.
Diante deste cenário otimista, a perspectiva do Brasil frente à crise mundial é positiva, com estimativa de fechamento do ano de 2009 com um tímido crescimento. Assim, especula-se que a força do Bric seja maior que o G6 (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França) em menos de meio século.
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*Advogada do escritório Miguel Neto Advogados Associados
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